Licença para projeto em Carajás será favorável para ação da Vale, diz Barclays

Banco mantém recomendação overweight para BDRs, com preço-alvo de US$ 31,00, o que sugere upside de 62%

Nara Faria

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SÃO PAULO – A licença prévia para o projeto de minério de ferro Carajás S11D, emitida pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para a Vale (VALE3, VALE5), pode favorecer ações da companhia, na avaliação do Barclays. 

Desta forma, o banco reiterou a recomendação overweight (desempenho acima da média), com um preço-alvo para os BDR (Brazilian Depositary Receipt) da companhia de US$ 31,00 – o que representa upside de 62% frente ao fechamento do dia 26 de junho. 

Para  os analistas Leonardo Correa, Pedro Grimaldi e Luiz Fornari, embora a decisão não seja uma surpresa, a licença deve contribuir para o retorno do crescimento dos preços dos ativos da mineradora. “Em nossa opinião, atrasos e complicações na segurança nas principais licenças para projetos de minério de ferro têm sido maior obstáculo para as mineradoras no País”, explicam.

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Para eles, o projeto de Serra Sul é o maior e mais importante no setor de minério de ferro. No total, o projeto receberá US$ 8,039 bilhões em recursos para produzir 90 mtpa (milhões de toneladas métricas anuais). As operações devem começar em 2016 e a primeira fase de licenciamento receberá investimentos de US$ 11,4 bilhões em infraestrutura, pendente de aprovação.

 “O NPV (Net Present Value) estima um acréscimo por meio do projeto Serra Sul de cerca de US$ 5 bilhões a US$ 6 bilhões (5% a 6% de valor de mercado atual)”, afirmam os analistas em relatório.

Em complemento, a equipe do Barclays afirma que dado o fluxo de caixa e capex (investimentos em bens de capital), é improvável que a companhia anuncie dividendos extraordinários, a menos que se disponha a elevar a alavancagem. No entanto, a companhia permanece otimista quando ao ciclo de minério de ferro e as perspectivas de crescimento e de valorização dos ativos.