“A sociedade brasileira não tem formação educacional para poder ler”, diz imortal da ABL

Em entrevista, a escritora aborda as deficiências do ensino, as dificuldades de acesso aos livros, além da presença das mulheres na literatura nacional

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Escritora, imortal da ABL (Academia Brasileira de Letras) e primeira mulher a ter presidido a instituição, Nélida Piñon fala ao UM BRASIL, parceiro de conteúdo do InfoMoney, sobre o desafio de se criar um país de leitores.

Na conversa, a escritora aborda ainda as deficiências do ensino, as dificuldades de acesso aos livros, a presença das mulheres na literatura nacional, a falta de reconhecimento de autores brasileiros no mundo e a atual situação da nossa política.

Para Piñon, “a sociedade brasileira não tem apresso pela cultura, sob forma oficial, que é o livro por exemplo, e não tem formação educacional para poder ler”. “[Temos que] mostrar o que o Brasil teve, e tem, de maravilhoso a despeito das piores figuras políticas do Brasil”, diz a escritora.

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“Professor é uma figura essencial. Mal pago, está politizado em excesso porque é mal pago. Ele não tem acesso aos grandes temas internacionais contemporâneos porque não via comprar os livros. O drama está instalado nas escolas”, afirma Piñon em outro trecho da conversa. 

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.