Planalto quer tirar Mantega e Belchior o mais rápido possível do Conselho da Petrobras

Ex-ministra do Planejamento assumirá a Caixa, segundo a fonte ouvida pelo O Globo; já no caso de Mantega, a relação com Dilma azedou

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – Depois da troca de diretores e na presidência da Petrobras (PETR3;PETR4), o Palácio do Planalto quer mudar alguns conselheiros da companhia “o mais rápido possível”, de acordo com informações do jornal O Globo desta terça-feira (10).

Segundo o jornal, a maior urgência está em substituir o ex-ministro da Fazenda e atual presidente do Conselho de Administração Guido Mantega e a ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior. 

Miriam precisaria assumir para comandar a Caixa Econômica Federal, e o ideal seria que ela não acumulasse as duas funções, segundo fontes da equipe econômica ouvidas pelo jornal. Já no caso de Mantega, o ex-ministro tem que se sair por que a sua relação com Dilma “azedou”. 

Continua depois da publicidade

O jornal diz que Dilma e Mantega não têm conversado e que ele virou uma espécie de “morto-vivo” e a ideia seria colocar um nome de mercado entre os integrantes. 

Mantega saiu do governo magoado com Dilma, que disse que ele não ficaria já durante a campanha para a reeleição. O ministro não compareceu à posse de Dilma e não transmitiu o cargo a seu sucessor, Joaquim Levy, tarefa esta que coube a Paulo Caffarelli. 

O ideal, aponta o jornal, seria esperar a divulgação dos balanços auditados do terceiro trimestre e o resultado anual para realizar a mudança mas, diante do quadro de instabilidade da companhia, o cenário mudou e aponta para maior urgência em mudar o Conselho.

Continua depois da publicidade

Aliás, foram os ex-ministros que pressionaram o colegiado a não aceitar grandes baixas contábeis em ativos da estatal no balanço do terceiro trimestre que poderiam ser percebidas como integralmente relacionadas às denúncias de corrupção na estatal.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.