Ex-diretor da Petrobras confessa ter recebido R$ 1,5 mi de propina na compra de Pasadena

Segundo a reportagem do Jornal Nacional, as declarações foram dadas por Costa a um delegado, a um escrivão e a um procurador no âmbito da delação premiada

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O ex-diretor da Petrobras (PETR3;PETR4) Paulo Roberto Costa disse a investigadores que houve um esquema de corrupção envolvendo a compra de uma refinaria em Pasadena, nos Estados Unidos, pela estatal e que ele próprio recebeu R$ 1,5 milhão. 

A compra da refinaria ocorreu em 2006 e levou a um prejuízo de R$ 1,7 bilhão, segundo cálculos do TCU (Tribunal de Contas da União). O delator teria revelado o valor da propina no dia 29 de agosto, de acordo com reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo

Segundo a reportagem, as declarações foram dadas por Costa a um delegado, a um escrivão e a um procurador no âmbito da delação premiada, pela qual o ex-executivo tenta reduzir uma eventual pena por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro desmontado pela Polícia Federal.

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De acordo com o Jornal Nacional, os investigadores disseram ainda que a “primeira fase” da delação premiada de Costa já foi concluída e que os depoimentos dados por ele à Polícia Federal e ao Ministério Público na Superintendência da PF no Paraná, onde ele está preso, foram acompanhados por seus advogados.

Antes da informação dada pelo JN, a revista Veja já havia vazado supostas informações de depoimentos de Costa em que ele teria afirmado que políticos recebiam uma espécie de “pedágio” de empresas que assinaram contratos com a Petrobras.

Costa foi convocado para prestar depoimento à CPI mista que investiga denúncias de irregularidades na estatal, entre elas na compra da refinaria de Pasadena, mas decidiu ficar calado e não responder às perguntas dos parlamentares para evitar prejudicar sua tentativa de delação premiada.

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A compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras é alvo de suspeitas de sobrepreço e as denúncias envolvendo a estatal tem sido munição contra a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, na corrida presidencial deste ano.

Tanto Aécio Neves (PSDB) quanto Marina Silva (PSB) tem atacado o governo federal e comparado as denúncias na Petrobras ao mensalão, escândalo de compra de apoio político no Congresso Nacional durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

(Com Reuters)

  

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.