“Dilma não discutiu reajuste de combustível”, diz porta-voz; Petro segue em alta

Ações da companhia têm forte ganhos, apesar da negativa; parcialmente precificado, reajuste do combustível daria espaço para altas da Petro, afirmam analistas

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em meio aos rumores de que um reajuste de combustível esteja cada vez mais perto, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) respondem positivamente e se destacam na nesta sessão. Às 11h22 (horário de Brasília), os papéis ON registravam ganhos de 4%, a R$ 17,17, enquanto os ativos PETR4 tinham alta de 2,77%, a R$ 17,82.

Contudo, o porta-voz da presidência, Thomas Traumann, descartou que a presidente Dilma Rousseff tenha discutido reajuste nos preços dos combustíveis, de acordo com o twitter do blog do Planalto.

Na véspera, o jornal O Estado de S. Paulo, informou que o governo federal deverá elevar os preços da gasolina e do diesel ainda em 2013, em meio à forte pressão decorrente da desvalorização do real sobre o caixa da Petrobras. Segundo o jornal, este seria o principal assunto tratado pela presidente da petrolífera, Graça Foster, e a presidente Dilma Rousseff, em encontro fechado no Palácio da Alvorada. O reajuste deveria ficar na casa de um dígito, mas ainda não foi definido o momento para que ele ocorresse. 

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Conforme destaca a XP Investimentos, a expectativa de aumento dos preços de combustíveis já está embutida no mercado, amenizando assim o impacto de um reajuste de preços. Contudo, caso a decisão do governo vá em linha com a matéria publicada pelo Estadão, ainda há espaço para que as ações da companhia sigam em alta. 

Ressaltamos que para equacionar o caixa da companhia e deixá-la apta para executar seu plano de negócios, a companhia necessita reajustar os preços dos derivados para que amenize o prejuízo no segmento de abastecimento”, destaca a equipe de análise da corretora. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.