Treasuries dos EUA: como os juros de lá afetam o Tesouro Direto?

O professor do InfoMoney, Alan Ghani, explica quais os efeitos da alta dos Treasuries e dos juros nos Estados Unidos no programa "Tesouro Direto com Ganhos Turbinados"  

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – Os Treasuries de 10 anos, títulos da dívida pública dos Estados Unidos, atingiram a faixa de 3% pela primeira vez em quatro anos na terça-feira (24) e ainda se mantêm nesse patamar. A alta dos títulos norte-americanos reduz o apetite dos investidores por outros ativos de risco, e derrubam Bolsas, já que torna mais atraentes ativos considerados mais seguros. 

Em meio a qualquer situação de insegurança nos mercados, os títulos dos Estados Unidos podem ser chamados, sem risco de exageros, de mais seguros do mundo. Podem não oferecer a maior remuneração, mas o risco de um calote dos Estados Unidos é praticamente nulo.

A escalada recente dos Treasuries está relacionada à forte alta do petróleo neste mês, já que eleva a expectativa por maior pressão inflacionária pelo mundo, uma vez que os combustíveis são um componente que afeta os preços em diversos setores da economia. Com isso, cresce a probabilidade do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) elevar os juros norte-americanos mais rapidamente e reduzir a liquidez no mercado. 

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Os Treasuries normalmente têm demanda elevada em períodos de maior instabilidade nos mercados acionários. Nestes momentos de postura mais cautelosa por parte dos investidores, os rendimentos (yields) dos títulos recuam e o que aumenta é o PU (Preço Unitário) do ativo.

professor do InfoMoney, Alan Ghani, explica quais os efeitos da alta dos Treasuries e dos juros nos Estados Unidos no programa “Tesouro Direto com Ganhos Turbinados” na InfoMoneyTV (confira no player acima).

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Veja os tipos de títulos do Tesouro Direto disponíveis atualmente:
Título Vencimento
Indexados ao IPCA  
Tesouro IPCA+ 2024 15/08/2024
Tesouro IPCA+ 2035 15/05/2035
Tesouro IPCA+ 2045 15/05/2045
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 15/08/2026
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 15/05/2035
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 15/08/2050
Prefixados  
Tesouro Prefixado 2021 01/01/2021
Tesouro Prefixado 2025 01/01/2025
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 01/01/2029
Indexados à Taxa Selic  
Tesouro Selic 2023 01/03/2023

Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F): o investidor também sabe exatamente quanto receberá no momento da compra, mas o fluxo de pagamento é diferente: nesse título público, o investidor recebe pagamentos a cada seis meses, que funcionam como uma antecipação da rentabilidade contratada.

Tesouro Selic (LFT): esse é um título público em que o rendimento é totalmente atrelado à taxa Selic, o que normalmente é indicado para investidores de perfil mais conservador. Essa taxa tem a sua meta definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária), a cada 45 dias, e que hoje está em 6,75% ao ano. O pagamento é feito apenas após a data de vencimento. 

Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal): a rentabilidade desse título público é dividida em duas partes: uma parcela prefixada e outra parcela atrelada ao IPCA, o índice oficial de inflação usado pelo Governo. Essa composição garante que o investidor sempre terá um retorno acima da inflação, e por isso costuma ser indicado para aplicações de longo prazo. O pagamento é feito apenas após a data de vencimento. 

Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B): Semelhante ao IPCA+, a rentabilidade também é dividida entre uma taxa prefixada e a variação do IPCA, mas com a diferença de que o Tesouro Nacional realiza pagamentos semestrais, para quem busca complementar a renda com os títulos públicos.