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SÃO PAULO – Um terço das 61 corretoras autorizadas a operar com o Tesouro Direto afirmam que cobram “taxa zero” para aplicações em títulos públicos. O que talvez você não saiba é que apesar destas instituições terem aberto mão da receita com a taxa, a CBLC, instituição que faz a custódia dos ativos do Tesouro Direto, cobra 0,3% ao ano de todo investidor – e disso não há como fugir.
Portanto, ainda que você tenha conta em uma corretora “sem taxa”, a cobrança da CBLC tem um impacto bem grande no seu rendimento final. Para se ter ideia, no passado, quando a Selic estava em 14,25% ao ano, uma aplicação no Tesouro Selic rendia perto de 98% do CDI, já descontada a taxa da CBLC. Atualmente, com juros a 6,75% a.a, o mesmo título paga cerca 95% do CDI após o abatimento dos 0,3% de taxa. Isso sem contar que existem outras 40 corretoras que ainda embolsam uma taxa a mais do cliente – o Itaú e o Bradesco, por exemplo, cobram 0,5% ao ano, enquanto o Santander e a Caixa ficam com 0,4% do investimento dos clientes do Tesouro Direto anualmente.
Agora pense que em vez de receber 95% do CDI investindo no Tesouro Selic em uma corretora com “taxa zero”, você poderia aplicar no fundo Porto Seguro FI Referenciado DI Crédito Privado e receber bem mais de 100% do CDI ao longo de 2018 – a rentabilidade deste fundo em 2017 foi de 103,1% do CDI.
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Outro fundo DI que tem rentabilidade histórica acima do referencial e que entra como opção muito mais vantajosa do que o Tesouro Direto é o BTG Pactual Yield DI FI Referenciado Credito Privado, que ano passado rendeu 103% do CDI. É importante ressaltar que esses fundos mantêm um histórico de rentabilidade de anos acima de 100% do CDI, o que dá tranquilidade ao investidor para entender que este retorno se manterá nos mesmos níveis em 2018. O desempenho dos dois fundos foi retirado da plataforma da XP Investimentos, onde ambos estão disponíveis para aplicação.
Para você ter noção da diferença que esses percentuais vão fazer no seu bolso, quem investir R$ 100 mil no Tesouro Selic hoje deve retirar daqui a um ano R$ 105.100 (considerando a Selic estável em 6,75% em 2018) e já descontado o Imposto de Renda. Já o investidor que optar pelo fundo DI da Porto Seguro pode receber perto de R$ 105.570, quase R$ 500 a mais, como mostra a tabela abaixo:
Produto | Valor mínimo |
Rentabilidade | Valor acumulado após 1 ano com investimento de R$ 100 mil** |
Porto Seguro FI Referenciado DI Crédito Privado | R$ 20.000 | 103,1% do CDI* | R$ 105.567 |
BTG Pactual Yield DI FI Referenciado Credito Privado | R$ 3.000 | 103% do CDI* | R$ 105.562 |
Tesouro Selic | – | 100% do CDI | R$ 105.100 |
- * Rendimento baseado na rentabilidade do fundo em 2017. Ambos os fundos mantém histórico de anos acima de 100% do CDI
** Rendimento líquido, já descontado o Imposto de Renda
Juliano Custódio, assessor financeiro e autor do blog EuQueroInvestir!, destaca que mesmo com a cobrança dos chamados “come-cotas” – tributação incidente sobre fundos de renda fixa todo mês de maio e novembro – , os fundos DI possibilitam ganhos maiores do que os títulos do Tesouro Direto devido ao menor patamar da taxa de juros.
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Outra opção melhor que o Tesouro Direto é o CDB emitido por bancos médios, que paga 100% do CDI em aplicações com liquidez diária e está livre desta taxa de 0,3% ao ano, o que para uma aplicação de R$ 100 mil gera uma rentabilidade anual R$ 300 maior, como mostra a comparação abaixo com um CDB disponível na plataforma da XP Investimentos no dia 21 de fevereiro:
Produto | Valor mínimo |
Rentabilidade | Taxa de custódia | Valor acumulado após 1 ano com investimento de R$ 100 mil* |
CDB Pan – FEV/2019* | R$ 5.000 | 100% do CDI | não há | R$ 105.400 |
Tesouro Selic | R$ 30 | 100% do CDI | 0,30% | R$ 105.100 |
* Rendimento líquido, já descontado o Imposto de renda
Os riscos do Tesouro Selic e dos CDBs são semelhantes, uma vez que o CDB conta com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) – no valor de até R$ 250 mil por CPF e instituição emissora do título. Isso quer dizer que o investidor tem tranquilidade de buscar aplicações que pagam um rendimento muito maior sem se preocupar tanto com a questão do risco de crédito, já que se aquele banco que emitiu o CDB enfrentar problemas e, em último caso, quebrar, o FGC garante aplicações de até R$ 250 mil por instituição e por CPF – até o teto máximo global de R$ 1 milhão.
Vale lembrar que todo investidor precisa ter uma parte de suas aplicações alocada em um investimento de liquidez diária para imprevistos. É o chamado “fundo de emergências”. No entanto, este fundo deve ter capital suficiente para 6 meses de gastos, não mais do que isso. Deixar todo seu dinheiro nesses investimentos por longos períodos resulta em uma perda de oportunidade de ganhar muito mais ao longo dos anos em outras aplicações.
Os próprios CDBs oferecem ganhos maiores para aqueles investidores que abrem mão da liquidez diária. Os CDBs emitidos por bancos médios com prazo de carência como dois ou três anos chegam a pagar entre 117% e 120% do CDI. Comparado com estas aplicações, a rentabilidade do Tesouro Selic é ainda menos interessante:
Produto |
Valor mínimo |
Rentabilidade |
Vencimento | Valor acumulado após 2 anos com investimento de R$ 100 mil** |
CDB BANCO INDUSVAL S/A – FEV/2020* | R$ 5 mil | 117% do CDI | 19/02/2020 | R$ 113.030 |
CDB Original FEV/2020* |
R$ 5 mil | 117% do CDI | 19/02/2020 | R$ 113.030 |
Tesouro Selic | R$ 30 | 100% do CDI | * | R$ 111.137 |
*CDB disponível na plataforma da XP Investimentos em 21 de fevereiro
** Rendimento líquido, já descontado o Imposto de renda