Onde investir o valor da entrada para comprar um imóvel à vista

É possível fugir dos juros do financiamento investindo com sabedoria  

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Mesmo com as consecutivas quedas da Selic, que atingiu 7% em dezembro de 2017, os juros imobiliários ainda não chegaram a patamares baixos para garantir que um financiamento imobiliário seja vantajoso neste momento. De acordo com especialistas do setor, é provável que os bancos demorem a adquirir a segurança para repassar a queda da taxa básica de juros a seus tomadores de crédito imobiliário.

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Dessa forma, compradores que não tenham pressa em se mudar podem se beneficiar de investimentos que garantam a compra à vista, mesmo se houver dinheiro para dar a entrada. De acordo com Antonio Brown, agente de investimentos na XCare e realtor na Bridge Imóveis, isso é possível até mesmo para um perfil conservador.

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Brown considerou um imóvel em São Paulo com 2 dormitórios, uma vaga na garagem e 65 metros quadrados por R$ 400 mil. Para o valor de entrada, que varia conforme o banco e o perfil do comprador, considerou 50% do valor do empreendimento, ou seja, R$ 200 mil.

Segundo ele, o investidor conseguiria o valor atual do imóvel em 10 anos caso aplicasse esses R$ 200 mil em um produto com rendimento de 104% do CDI (hoje em 7%) aportando R$ 1.000 mensalmente. Ele considera um cenário de inflação controlada em 4% ao ano – ou seja, ganho real de 3% para o investidor. “Hoje, a situação mais conservadora para o comprador em termos de investimento seria essa”, garante o especialista. Atualmente, é possível encontrar CDBs pagando até 118% do CDI, conforme indica a XP investimentos

É necessário levar em consideração que os preços flutuam para esse tipo de imóvel de acordo com a demanda.”Hoje não relaciono inflação com aumento de preços nos imóveis, porque nos últimos anos os valores não têm acompanhado o IPCA e sim a procura e a oferta. Há outros fatores envolvidos em uma negociação imobiliária”, diz Brown. 

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“Nosso cenário de curto e médio prazo são de inflação e juros baixos. Isso significa que os preços finais dos imóveis não serão alterados drasticamente, mas as boas oportunidades acabarão”, alerta. Por isso, segundo ele, o ideal é buscar um bom acordo ainda em 2018.

Há expectativa de que os preços dos imóveis tenham leve e controlada alta ao longo de 2018. Embora comprar com desconto à vista seja o ideal, um financiamento não é o fim do mundo para quem segue bom planejamento financeiro e consegue arcar com as parcelas.

Brown afirma que estamos em momento de compra, com o comprador no comando. “Para o comprador que não quer esperar 10 anos para ter o dinheiro à vista tem pressa para se mudar, possui estabilidade no emprego e consegue seguir seu planejamento financeiro [para arcar com o financiamento], a hora de comprar seu imóvel é agora”. 

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney