Prefixado ou título de inflação? Grandes gestores apontam o melhor da renda fixa

Durante palestra na Expert 2017, realizada pela XP Investimentos em São Paulo na semana passada, Marcelo Giufrida e Luiz Eduardo Portella comentaram sua visão para as aplicações de renda fixa

Diego Lazzaris Borges

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SÃO PAULO – As posições prefixadas curtas, de até dois anos, são a principal aposta de Marcelo Giufrida e da equipe comandada por ele na Garde Asset Management. Durante palestra na Expert 2017, realizada pela XP Investimentos em São Paulo na semana passada, Giufrida comentou sua visão para as aplicações de renda fixa.

“Estamos com mais convicção nas posições aplicadas pré curtas de até dois anos”, disse o gestor. Na opinião dele, o ciclo de queda da Selic deve se estender até que a taxa chegue em 8% ao ano – atualmente a taxa básica de juro está em 10,25% ao ano.

Luiz Eduardo Portella, head do Modal Asset Management, concorda que a posição prefixada mais curta tem um prêmio interessante.  “Estamos aplicados na parte curta. Achamos que tem espaço para o Banco Central reduzir os juros para próximo de 8% a.a. Mas a gente está tomado na inclinação longa também. Achamos que estaremos em um ambiente político muito ruim nos próximos dois meses. E acho que essa curva da parte longa vai ter mais prêmio. Por isso estamos com uma posição tomada na inclinação [da curva de juro]”, afirmou.

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Já os títulos de inflação, na opinião dos gestores, não são a melhor opção de investimento no momento. “Temos evitado NTN-B em nosso portfólio. É um papel que pode ter um carrego muito alto”, comentou Giufrida.  “Com a queda da inflação, a  NTN-B está com uma taxa de retorno nominal muito baixa, porque ela é a soma da inflação com a taxa prefixada. Como a inflação pode ficar muito baixa no segundo semestre, para quem tem NTN-B, o custo de oportunidade é maior”, afirmou o sócio da Garde.

Luiz Eduardo Portella também tem evitado os títulos de inflação. “A gente está sem NTN-B no fundo há bastante tempo. [o país] Está com a inflação corrente muito baixa. Então não achamos ainda que é o momento para carregar esse papel. Acho que ainda vai dar oportunidade, mas neste momento o nominal tem sido o melhor ativo para pegar o fechamento de juros”, disse.

Já para quem pensa em um prazo mais longo, o papel até pode fazer sentido. “Para quem tem um horizonte longo é um bom papel. Mas eu acho que pode custar caro esse semestre, se comparado com o CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ou até mesmo o prefixado. Então eu vejo risco de manter posição excessivamente grande em NTN-B”, disse Giufrida.

Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip