Banco europeu recomenda aumento de exposição ao risco em investimentos

A estratégia anterior de investimentos estava subalocada em risco, sobretudo na renda pré-fixada, devido à percepção de prêmios menores antes da crise política recente

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – O Andbank, banco de origem europeia com especialização em gestão de patrimônio, divulgou sua estratégia de investimentos para junho. A opção foi por elevar “um pouco” o risco dos portfólios, apesar da “grande indefinição que ainda paira sobre o futuro da presidência e sobre a aprovação das reformas”.

 “Olhando para a alocação tática para o mês, observamos um aumento dos prêmios nas curvas de juros nominais (títulos pré-fixados) e de juros reais locais (títulos indexados à inflação), diante dos desdobramentos da crise política”, afirma o estrategista do Andbank, Luis Eduardo Pinho.

 Mesmo diante das incertezas, o banco apresenta explicações para a decisão de aumentar o risco dos portfólios. A primeira delas por acreditar que a solução da crise passará pela manutenção da governabilidade de forma a favorecer a aprovação das reformas trabalhista e previdenciária “em termos razoáveis”, com um atraso de dois a quatro meses em relação ao inicialmente previsto – outubro de 2017.

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 Apesar da reação inicial à conversa entre Michel Temer e o dono da JBS, Joesley Batista, ter sido bastante negativa – com quedas expressivas na bolsa e altas no dólar e nas taxas de juros –, os preços dos ativos brasileiros recuperam-se parcialmente, refletindo uma percepção de que, ainda com atraso, as reformas serão aprovadas, segundo Pinho.

 “Este atraso não deve interromper o início da retomada econômica que está se desenhando. O cenário base é de eleições indiretas [para presidente], com a nomeação de um candidato favorável ao andamento das reformas e mais neutro do ponto de vista político”, avalia o estrategista.

Pinho explica que a estratégia anterior de investimentos estava subalocada em risco, sobretudo na renda pré-fixada, devido à percepção de prêmios menores antes da crise política recente.

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 “Num cenário de inflação baixa e elevada incerteza, o prêmio observado nas curvas de juros justifica nossa preferência por esta classe de ativo, relativamente à renda variável”, explica o estrategista.