Conheça os 3 maiores erros de quem investe no Tesouro Direto

Investimento é considerado seguro e de baixo custo, mas é preciso atenção para não correr risco de perder parte do rendimento 

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – O investimento no Tesouro Direto é comumente recomendado para investidores com perfil mais conservador. Os títulos são vistos como os ativos mais seguros do mercado, por serem emitidos pelo governo e serem garantidos pelo Tesouro Nacional, e ainda têm baixo custo, não exigem conhecimento elevado sobre investimentos e têm valor mínimo de aplicação de apenas R$ 30.

 Embora seja uma alternativa mais simples e segura em relação à renda variável, e mesmo ante outros tipos de investimentos em renda fixa, é preciso ter atenção para evitar erros comuns de quem investe em Tesouro Direto e, eventualmente, a redução nos investimentos.

 O sócio da Rosenberg Marcos Mollica e o economista e professor Alan Ghani contaram ao InfoMoney os principais erros de quem investe no Tesouro Direto:

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 1 – Não checar as taxas

 As taxas cobradas para investir no Tesouro Direto costumam ser bem menores do que aquelas observadas em outros tipos de investimentos, mas nem por isso merecem menos atenção. “Não basta só olhar a taxa do título que está pagando. Tem custos embutidos e eles merecem atenção para não drenar os retornos”, afirma Mollica. 

 A BM&FBovespa cobra 0,30% ao ano de taxa de custódia sobre o valor dos títulos e a instituição financeira escolhida para intermediar os investimentos também pode cobrar uma taxa de administração. O site do Tesouro Direto disponibiliza aqui uma lista com as taxas cobradas pelas instituições autorizadas a fazer essa intermediação.

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 Alguns impostos também incidem sobre o Tesouro Direto, como o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em aplicações com período inferior a 30 dias e o Imposto de Renda, com alíquota de 22,5% do lucro para rendimentos antes de 180 dias, 20% para 181 a 360 dias, 17,5% para 361 a 720 dias e 15% para investimentos de mais de 721 dias.

 2 – Trocar de títulos com frequência

 É importante que o investidor acompanhe o desempenho dos títulos e, em alguns casos, pode valer a pena vender antes do vencimento. No entanto, é preciso acompanhar o mercado e as expectativas para a economia, como juros e inflação, para fazer bom negócio, sem esquecer da alíquota do imposto de renda que, como observado acima, é maior em prazos mais curtos.

 “É complicado ficar trocando de títulos frequentemente, ainda mais para quem não está por dentro do mercado financeiro e pode perder movimentos importantes da economia”, diz Mollica.

 3 – Resgatar o título antes do vencimento

 Esse é o erro mais comum de quem investe no Tesouro Direto, segundo Alan Ghani.“Quando você resgata o dinheiro antes do vencimento, pode se dar bem ou pode se dar muito mal. Tudo vai depender do que acontecerá com a taxa de juros”, explica.

 Embora o investidor não tenha a intenção inicial de retirar os aportes prematuramente, acontecimentos inesperados podem levá-lo a precisar do dinheiro antes do vencimento.

 Por isso, é importante conhecer as características de cada título antes da compra. “No Tesouro IPCA+ esse risco de perdas na retirada antecipada é potencializado. Já o Tesouro Selic simplesmente vai incorporando os juros diários”, diz Ghani.

 O título atrelado à Selic é o mais conservador e, se houver o risco de resgate antecipado não planejado, esse é o papel mais indicado. O título pré-fixado é indicado quando a taxa de juros está alta e há expectativa de queda futura. Os títulos IPCA+ são pós fixados com uma taxa mais a inflação do período e são indicados quando há expectativa de alta da inflação para proteger o patrimônio da desvalorização pela inflação e para aposentadoria.