Tenho R$ 200 mil na poupança e quero ter mais rentabilidade; como devo investir?

“Guardo dinheiro há muitos anos na poupança, mas sei que esse é o pior dos cenários”, diz leitora

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Lígia é leitora do InfoMoney e possui algumas dúvidas relacionadas ao planejamento e organização de sua carteira de investimentos. Ela possui R$ 200 mil aplicados na poupança, mas quer fazer com que este dinheiro renda mais, sem correr riscos. Além de não ter planos fechados para destinar esse dinheiro, quer ter acesso livre a ele e afirma que irá poupar entre R$ 2 mil e R$ 4 mil por mês. “Guardo dinheiro há muitos anos na poupança, mas sei que esse é o pior dos cenários”, diz.

Segundo Luiz Guarnieri, assessor de investimentos na RP Capital, para uma aplicação de R$ 200 mil de horizonte longo e baixo risco, há espaço para compras em títulos públicos prefixados de prazo mais longo, como a LTN com vencimento em 2023. “Com a queda da inflação esperada pelo mercado para este ano (traduzida pela diferença dos títulos pré-fixados e dos títulos atrelados à inflação, também conhecida como inflação implícita), o fato possibilitará um ciclo de queda de juros bastante forte e duradouro”, diz.

Guarnieri explica que esse cenário possibilita ganho com a compra desses títulos em duas frentes: levando o título até o vencimento, pois a taxa pré-fixada tende a estar acima do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) com o passar do tempo, ou via valorização dos títulos no mercado secundário, ocorrendo assim, um ágio entre o preço de venda praticado antes do vencimento e o preço do título que o investidor possui na carteira.

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Com relação aos aportes mensais de R$ 2 mil a R$ 4 mil, Guarnieri afirma ser viável a compra de um Fundo de Investimento Multimercado de baixa volatilidade, como o Claritas Institucional FIM, que possui aplicação mínima de R$ 1 mil e aportes esporádicos de mesmo valor. “Em um ciclo de queda de juros, os Multimercados tendem a performar melhor: os portfólios mistos de fundos chegaram a ter retorno equivalente a 145,3% do CDI durante afrouxamento monetário, que durou de janeiro de 2009 a abril de 2010, quando a Selic saiu de 13,75% para 8,75%, segundo relatório da XP Gestão usando como base o índice de multimercados do BTG Pactual”, diz.

Dalton Freitas, assessor de renda fixa da RP Capital, pensou em investimentos com possibilidade de resgate diário para responder à pergunta de Lígia. De acordo com ele, 30% dos R$ 200 mil poderia ser investido em títulos públicos atrelados à inflação com vencimento longo, “por darem possibilidade de saída no mercado secundário e se aproveitarem de um movimento de corte na taxa de juros, podendo observar rentabilidades acima das contratadas”.

Ainda segundo ele, outros 20% poderiam ser investidos em fundos multimercados de estratégias macroeconômicas, como por exemplo o Adam Macro ou o XP Macro, acreditando em uma melhora no cenário econômico brasileiro ao menos no curto prazo.

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Freitas aponta ainda uma possível alocação de 30% em fundos multimercados institucionais, com carteiras de renda fixa lastreando algumas operações mais agressivas, de forma a ter rentabilidades acima da média; e o restante (20%), em fundos DI, para ser a reserva de liquidez que acompanhará a variação do CDI.