Profissional que trabalhou em vários bancos dá 7 boas razões para abandonar a poupança de vez

Para Bruno Ponciano, existem outras aplicações de renda fixa que fazem mais sentido no momento

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – A poupança é, de longe, o investimento mais popular no Brasil. No entanto, a queridinha da população brasileira, definitivamente, não é uma bola aplicação quando observada sob vários aspectos. O InfoMoney conversou com Bruno Ponciano, que já trabalhou em vários bancos e, atualmente, é sócio na Aequilibrium Investimentos, para entender porque não compensa investir na poupança.

1 – Poupança tem aniversário?
“Você pode não receber todo o rendimento uma vez que isso só acontece no “aniversário”, ou seja, 30 dias após você ter efetuado a aplicação. Caso necessite de algum resgate antes de completar o aniversário você não receberá rendimento sobre essa parte resgatada. Em qualquer aplicação pós-fixada (LFT, Fundos DI, etc), por exemplo, o rendimento é diário e não haverá prejuízo independente do momento que você resgatar. Não há um melhor momento para resgatar nesse tipo de aplicação”, crava.

2 – A isenção de IR não garante mais rentabilidade
“O que você prefere, uma aplicação como a poupança isenta de imposto de renda que tem remuneração próxima a 7% ao ano líquido ou um Fundo DI com uma remuneração bruta nos últimos 12 meses de cerca de 13,5% que mesmo após o desconto do imposto de renda apresentará retorno de cerca de 11% ao ano? Escolha simples, certo?”, aponta Bruno.

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3 – A poupança não garante ganhos reais
“No final das contas é o ganho real que interessa uma vez que ele mostrará quanto o seu dinheiro rendeu acima da inflação corrigindo assim o seu poder de compra. A Taxa Referencial – TR – que é o indexador de correção da Poupança foi criada em 1991 e tinha como objetivo ser um índice justo de correção monetária. Ao longo dos anos seguintes outros índices de inflação foram criados e hoje a TR não reflete com exatidão os efeitos da inflação”, explica.

4 – Você precisa declarar no IR seu dinheiro em poupança
“Existe sim a necessidade de declaração no imposto de renda. Muitas pessoas investem em poupança por associarem erroneamente o fato do rendimento ser isento de imposto de renda e logo imaginam que não precisam lançar o saldo sua aplicação em sua declaração de imposto de renda. Caso você encerre o ano com recursos em poupança, outras aplicações ou até dinheiro em espécie acima dos limites especificados pelo Receita será necessário lançar em sua declaração do ano seguinte”, assinala o assessor de investimentos.

5 – Não é o único investimento acessível
“Isso é o que o seu banco quer que você acredite. Entre as oportunidades oferecidas pelo seu banco realmente sobram poucas alternativas para quem tem pouco dinheiro mas vale lembrar que no Tesouro Direto você compra a maioria dos papeis com valores próximos a R$ 60,00. Isso ocorre pois a poupança é uma fonte de captação extremamente rentável para os bancos” comenta Bruno.

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6 – Não é o investimento mais seguro
“A segurança não é oferecida pelo banco, muito menos pelo governo. O risco da poupança é o mesmo que o do CDB, LCI, LCA, entre outros ativos de renda fixa. Quem garante a segurança do investidor no caso de “quebra” da instituição é o FGC (Fundo Garantidor de Créditos)”, atesta. Nesse caso, a proteção é de R$ 250 mil por investidor por instituição financeira.

7 – Poupança “antiga” não rende mais
“Tivemos uma medida provisória (567/2012) no ano de 2012 que tratava sobre a nova remuneração dos depósitos efetuados a partir de 03/05 daquele ano, a regra está vigente e prevê que a remuneração dos depósitos efetuados a partir dessa data seja de 70% da Selic somente quando a Selic for igual ou menor do 8,50% ao ano, enquanto a Selic estiver superior a 8,50% ao ano a remuneração é a mesma independente da data do depósito, hoje é de 0,50% ao mês + variação da TR”, assinala.