Preço de imóveis deve subir 10% com nova legislação em SP; entenda

O investimento em imóveis é, tradicionalmente, um dos preferidos dos brasileiros

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – Em 2014, a cidade de São Paulo aprovou seu novo plano diretor válido para os próximos dezesseis anos com várias mudanças no planejamento urbanístico da cidade. De acordo com simulação feita por Nathália Loyola, pesquisadora do núcleo de Real Estate da Escola Politécnica da USP, para manter o mesmo nível de atratividade para o empreendedor o mercado precisará ou diminuir o custo da mão de obra, ou comprar terrenos por menor preço ou subir o valor dos imóveis.

A simulação, que será apresentada na 16ª conferência da Lares (Sociedade Latino Americana de Estudos Imobiliários) que acontecerá nos dias 29 e 30 de setembro em São Paulo, levou em consideração um empreendimento de 27 pavimentos, com 4 apartamentos por andar em quatro bairros da cidade: Aclimação, Vila Romana, Chácara Inglesa e Perdizes. “Para que o investidor dessas regiões alcance o nível de atratividade do empreendimento nas mesmas condições garantidas pelo antigo plano diretor por meio da alteração do preço do terreno, esse valor teria de ser reduzido em média, na melhor das hipóteses, em 32%”, comenta Nathália.

Contudo, a pesquisadora acredita que provavelmente o que deve acontecer é o aumento do valor de venda dos imóveis. “Analisei o aumento do preço de venda das unidades para a recuperação do padrão de atratividade nos quatro bairros e notei que este padrão só seria reestabelecido com o acréscimo, na melhor das hipóteses, de no mínimo 10% no valor de comercialização dos apartamentos”, estima.

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“Como a renda do público alvo não tende a crescer nestes padrões, ele deve se deslocar para bairros menos nobres, sendo as unidades adquiridas por um público com uma maior renda familiar, elitizando ainda mais o miolo dos bairros. Ou ainda, para compensar o aumento do preço, seria necessário comprimir a área útil do apartamento para encaixá-la no poder de compra do público alvo”, prossegue Nathália.