3 ótimas aplicações para quem não entende nada de investimentos (e nem quer entender)

Economista lista aplicações muito simples para quem não tem tempo ou vontade de aprender sobre investimentos

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – A maior parte das pessoas sabe que investir é o melhor caminho para ter uma vida financeira saudável. No entanto, por mais que elas saibam isso, a maior parte da população segue ou investindo muito mal ou não investindo e um desses motivos é a noção de achar que investir é algo extremamente complicado. Realmente, algumas estratégias mais arrojadas são mais difíceis de serem aplicadas, pois demandam muito estudo, mas é possível encontrar aplicações bastante simples e que rendem muito mais que a poupança, por exemplo.

O InfoMoney conversou com a economista e assessora de investimentos da Atlas Invest Carollyne Mariano para saber quais investimentos podem ser feitos mesmo por quem não entende quase nada de finanças.

A primeira sugestão de investimento é o título Tesouro Selic, do Tesouro Direto. O Tesouro Direto é o programa de compra e venda de títulos públicos do governo federal e conta com aplicação mínima de apenas R$ 30,00. Uma das grandes vantagens dessa aplicação é a sua segurança, ele é considerado o investimento mais seguro do país.

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Outro ponto positivo é o fato de que esse investimento tem sua remuneração atrelada à Selic, que no momento está em 14,25% ao ano, e tem liquidez diária. Isso faz com que o investidor possa vender seu título a qualquer momento e garantir uma boa rentabilidade mesmo assim. No entanto, esse título não é isento de imposto de renda. O que o investidor precisa entender é que quanto mais tempo ele investir, menor será a mordida do leão. Ela vai de 22,5% para aplicações de até seis meses e recua progressivamente até chegar em 15% para investimentos superiores a dois anos.

Outro investimento bastante conservador e simples de se entender mencionado por Carollyne é o Fundo DI. Esse fundo investe, basicamente em títulos públicos e em crédito de pequenos, médios e grandes bancos. Esse tipo de fundo tem sua rentabilidade atrelada ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que é um indicador que anda em linha com a taxa Selic, basicamente. A assessora alerta, no entanto, que o investidor deve ficar atento à taxa de administração cobrada pela instituição que gere o fundo. Por ter uma gestão bastante simples, não se justifica a cobrança de altas taxas de administração e é possível encontrar fundos DI com taxa menor que 1%.

Por fim, outra opção interessante são as LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio). Esses investimentos são isentos da cobrança de imposto de renda e, geralmente, têm a sua rentabilidade atrelada ao CDI. Esses títulos ainda são cobertos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para aplicações de até R$ 250 mil por pessoa por instituição financeira.

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Isso significa que, na prática, um título de um banco médio tem a mesma segurança de um título emitido por um grande banco e uma rentabilidade muito mais interessante. Vale lembrar que essa é exatamente a mesma garantia da poupança, sendo que é possível encontrar LCI e LCA no mercado que rendam mais de 50% que a caderneta com aplicação mínima na casa de R$ 10 mil. O investidor só precisa ficar atento com o prazo do vencimento do título, uma vez que a liquidez desses investimentos não costuma ser imediata. Assim, esse não é um investimento adequado para colocar as reservas de segurança, por exemplo.

No entanto, mesmo que você não queira aprender muito sobre investimentos, é importante pelo menos buscar saber o mínimo sobre onde está investindo para evitar verdadeiras enrascadas financeiras no futuro. Além disso, buscar uma boa assessoria também é fundamental nesse processo, pois contar com ajuda profissional pode ser muito melhor, se você não tem tempo ou interesse para saber mais sobre investimentos.