O que todo mundo deveria saber sobre investir fora do banco

SÃO PAULO – A maioria das pessoas segue com a visão de que o único lugar para investir seu dinheiro é o grande banco de varejo. No entanto, grande parte da população ignora que é possível conseguir aplicações muito mais rentáveis com a mesma segurança ao sair do banco. Rafael Fredini, assessor de investimentos da Alta Vista Investimentos, comenta que os CDB (Certificados de Depósito Bancário), LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) oferecidos por corretoras são, no geral, emitidos por instituições de porte menor.

Isso significa que esses títulos trazem uma remuneração muito mais atrativa que os bancos tradicionais. “Existem títulos de bancos médios que remuneram o investidor com retornos até 30% maiores do que o CDB de um grande banco. Em relação à poupança, a rentabilidade pode chegar por volta de 90% de diferença”, comenta.

“Como a base de clientes do banco tradicional é muito grande, o esforço de captação que ele precisa fazer é muito menor do que um banco de médio porte, por exemplo. Já os bancos pequenos e médios precisam de um esforço maior de captação, e que premia o investidor com uma rentabilidade mais atrativa”, explica Rafael.

Vale lembrar que qualquer CDB, LCI ou LCA conta com a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito), que é de R$ 250 mil por investidor por instituição financeira, o que significa que com uma boa diversificação, é possível mitigar os riscos do investimento e ter, exatamente, a mesma garantia em título de banco grande ou médio, ou ainda que a poupança.

Além disso, ao investir em uma instituição independente, é possível encontrar uma variedade muito maior de fundos de investimentos. “Para clientes que optam por uma carteira um pouco mais arrojada, os fundos multimercados podem ser ótimos alternativas para uma fatia do portfólio. E os multimercados não são todos iguais, existe uma diversidade muito grande de estratégias. Os fundos multimercados ‘macro’, por exemplo, podem atuar em diversas frentes e muitos deles estão apresentando performances muito atrativas, alguns com desempenho de 160% a 180% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) no ano”, relata o assessor.

“Muita gente pergunta sobre como funciona o risco no caso de fundos de investimentos, já que não contam com o FGC: Nesse caso, cada fundo de investimento possui um CNPJ diferente da instituição que o gere. Ou seja, na prática, cada fundo é uma Estrutura Jurídica diferente. Se a instituição que gere o fundo venha a entrar em falência, o fundo é passado para um novo gestor tomar conta dos recursos. Dessa forma, o dinheiro dos clientes não é afetado”, assinala Rafael.