Gasta mais do que deveria? Professor de Harvard dá dicas para acabar com isso agora

Para professor, uma das soluções pode ser cortar categorias inteiras de gastos

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – Ao olhar a fatura do seu cartão, você pode se perguntar: “como eu entrei nessa situação?”. Se você pretendia usá-lo apenas para emergências e acabou usando apenas para pequenos extras, isso faz de você uma pessoa irresponsável? Essa é a questão feita pelo site Business Insider.

A parte de finanças comportamentais diz que isso faz de você apenas humano. “Nossas emoções, que nos movem com tanta força são herdadas e não racionais”, diz Dan Ariely, especialista no assunto.

“Se você pensa em um cenário no qual temos que pensar no longo prazo e de maneira abstrata, nós simplesmente não somos bons nisso. Poupar é sobre o agora versus o depois, o concreto versus o abstrato e não somos bons nisso”, comenta.

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De acordo com Oren Bar-Gill, professor de Harvard e também especialista no assunto, segue a mesma linha de pensamento. “Quando fazemos um empréstimo, nós pegamos o dinheiro agora e pagamos em algum dia no futuro. Esse gatilho temporal é o anfitrião de efeitos psicológicos comportamentais”, comenta.

Isso explica porque pensamos mais no presente do que no futuro e, assim, fazemos dívidas que podem ser difíceis de pagar depois. E é por isso que, de pequena compra em pequena compra, logo a fatura do cartão de crédito se transforma em uma verdadeira bomba.

“Nós nunca iríamos em um banco tomar um empréstimo de US$ 20 mil para comprar pizza, café e tênis novos”, comenta Bar-Gill. No entanto, é isso que acabamos fazendo ao longo do tempo com o cartão de crédito. E, geralmente, as pessoas não percebem onde se meteram até que seja tarde demais.

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No entanto, como solucionar esse problema? Existem várias maneiras de se reduzir e evitar o endividamento. Elas vão desde simplesmente não usar cartões de crédito, criar contas separadas para poupar dinheiro ou ainda planejar uma poupança automática do dinheiro, especialmente se for para aplicar em bons investimentos, que tenham uma rentabilidade interessante.

Se você quiser cortar despesas, Ariely recomenda que se corte uma categoria inteira. Então, ao invés de reduzir o quanto você gasta no celular, viagens e restaurantes, é mais fácil pegar apenas um grupo de gastos desnecessários e simplesmente eliminá-lo completamente. Além disso, buscar ajuda de especialistas no assunto também pode ser um ponto de virada para cortar esse mal pela raiz.

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