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SÃO PAULO – O investimento em imóveis é um dos favoritos do investidor brasileiro. No entanto, nos últimos tempos, os preços no mercado imobiliário têm caído ou avançado muito abaixo da inflação, o que fez com que muitas pessoas não se animassem a aplicar agora. No entanto, esse seria um bom momento para fazer essa aplicação?
Alexandre Amorim, gestor da Par Mais Empoderamento Financeiro explica que esse mercado costuma demorar mais a responder as mudanças na economia. “Enquanto o mercado financeiro antecipa os fatos o imobiliário é o último a sofrer os impactos, tanto positivos, quanto negativos”, comenta.
“Em princípio não é uma boa oportunidade ainda. Os imóveis devem permanecer rendendo abaixo da inflação por algum tempo ainda (isso se renderem), enquanto a renda fixa paga 14% ao ano. Se a compra for financiada a conta fica ainda pior”, aponta.
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“Por outro lado existem várias pechinchas, mas é preciso ter cuidado com isso – todos os imóveis hoje estão sendo oferecidos como se estivessem em promoção. Existem sim algumas oportunidades de pessoas que precisam queimar seus imóveis pois precisam de liquidez, para pagar dívidas mais caras ou honrar compromissos”, continua o gestor.
Antonio Brown, assessor de investimentos da XCare Investimentos, comenta que as oportunidades no mercado imobiliário ainda continuam. “Os preços dos imóveis usados e dos imóveis em lançamentos estão desacelerando em todas as capitais. Os estoques das construtoras permanecem em patamares elevados, entretanto, o poder de compra e de acesso ao crédito dos compradores está diminuindo cada vez mais”, relata.
“Sorte dos investidores ou das famílias que não tiveram seu poder de compra afetados pela desaceleração da economia, e, que, agora, com dinheiro na mão, percebem oportunidades cada vez melhores no mercado de imóveis”, prossegue Brown.
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Entre os cuidados na hora de fazer uma compra o assessor destaca a importância de ter um bom corretor de imóveis, que perceba as necessidades de quem está realizando a compra e também de quem está vendendo. Além disso, deve se levar em conta despesas com o imóvel, incluindo taxas e impostos e fazer projeções realistas de aluguel ou ainda do desenvolvimento do mercado na área em questão, aponta Amorim.
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