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SÃO PAULO – Um leitor do InfoMoney perguntou qual aplicação vale mais a pena: um CDB com rentabilidade prefixada de 16% ao ano e prazo de 3 anos, ou uma LCI pós-fixada com rendimento de 98% do CDI (Certificado de Depósito Intrerbancário), também com prazo de 3 anos.
O assessor de investimentos Daniel Guedine Serafine, da Performance Invest, diz que escolher entre um título prefixado ou um pós-fixado depende das percepções do investidor em relação aos rumos da economia. Se esperar que a taxa de juro vai continuar subindo nos próximos anos, pós-fixado faria mais sentido, enquanto no caso de queda de juro, travar o ganho em 16% seria uma boa alternativa.
Em relação às taxas que o leitor questionou, Serafine destaca que 98% do CDI líquido equivale a 13,85% ao ano atualmente. Já um CDB que paga 16% ao ano terá rendimento líquido 13,6% ao ano – considerando uma alíquota de Imposto de Renda de 15% sobre o rendimento, utilizada no caso de uma aplicação de 3 anos.
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“Mesmo que os juros comecem a cair, a diferença é muito pequena para o maior risco das taxas prefixadas, caso o país perca o controle da inflação”, acredita o assessor. “Por isso, com estas taxas, a LCI me parece alternativa melhor”, pondera.
A assessora Salete Cristina Carlos, da Valor a Mais, concorda que investir em um prefixado é mais arriscado. “Mesmo se a inflação disparar, seu rendimento não vai mudar”, afirma. Por outro lado, ela lembra que no pós-fixado, se os juros caírem, o rendimento cai também, mas se subirem você estará acompanhando a alta.
Por isso, a maioria dos especialistas em investimentos afirma que o ideal é manter uma carteira de títulos de renda fixa diversificada, que misture aplicações pré e pós-fixadas, além de títulos atrelados à inflação.
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