Gestor global do J.P Morgan diz onde estão as oportunidades na renda fixa

“Gostamos muito da NTN-B [no Tesouro Direto este título agora chama Tesouro IPCA+]”, disse Eduardo Alhadeff em entrevista exclusiva ao InfoMoney.

Diego Lazzaris Borges

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SÃO PAULO – Em um cenário de juro alto e incertezas políticas e econômicas, os títulos atrelados à inflação estão no radar do gestor de recursos para renda fixa global, moedas e commodities da J.P. Morgan Asset Management, Eduardo Alhadeff. “Gostamos muito da NTN-B [no Tesouro Direto este título agora chama Tesouro IPCA+]”, disse Alhadeff em entrevista exclusiva ao InfoMoney.

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Para o gestor, este tipo de aplicação faz muito sentido para aqueles investidores que não precisam de liquidez nos próximos anos e podem casar seus objetivos com a data de vencimento do papel. “Comprar NTN-B ou fundos ligados a estes papéis é uma grande oportunidade. Você vai receber juro real (acima da inflação) de 7% ao ano. Que país no mundo paga isso de juro real? Nenhum”, afirma.

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Na parte de crédito privado brasileiro, o gestor do J. P. Morgan afirma que procura ser conservador na escolha dos ativos e olha principalmente aqueles papéis com menor risco de crédito e prazo mais curto. “Pode ser uma LF (Letra Financeira) de dois anos, ou um CDB (Certificado de Depósito Bancário) de seis meses a um ano de um banco médio desde que você tenha um analista olhando o risco do emissor”, afirma.

Em relação às debêntures, ele pondera que é preciso focar nos papéis de empresas robustas. “Você consegue achar debêntures de empresas sólidas a uma taxa atrativa com vencimentos não tão longos”, afirma. As debêntures de infraestrutura, que contam com isenção de imposto de renda para pessoas físicas também são uma boa opção de investimento na opinião do gestor. No entanto, Alhadeff ressalta que é preciso tomar cuidado com o risco de crédito da companhia. “O investidor precisa saber que está correndo risco privado. Ele corre risco de gestão da empresa, de regulação, de demanda, de obsolência do produto”, alerta. Por isso, o executivo afirma que terceirizar a gestão pode fazer sentido neste caso. “Um fundo tem analistas que entende profundamente o balanço da empresa, os riscos que a companhia está correndo e o que pode mudar na economia brasileira que afetaria aquela empresa”, destaca.

Diversificação internacional
O gestor do J.P. Morgan também destaca a importância da diversificação dos ativos internacionalmente. Mas segundo ele, quem mora no Brasil e tem todos os gastos em reais deve alocar apenas uma pequena parte do portfólio no exterior.

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“Vale a pena. Hoje temos uma incerteza política muito grande [no Brasil]. Uma carteira diversificada traz proteção e faz o investidor dormir mais tranquilo. Como a legislação está facilitando a aplicação no exterior, acho que o investidor deveria utilizar desta possibilidade e diversificar sua carteira”, pondera.

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Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip