O Brasil é o paraíso dos investidores, mas poucos aproveitam

Na opinião do assessor de investimentos André Momberger, falta educação financeira no país

Diego Lazzaris Borges

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SÃO PAULO – O Brasil paga o maior retorno real (descontado a inflação) do mundo para os investidores, de acordo com dados do site Moneyou. Enquanto em países desenvolvidos os juros reais estão próximos do zero ou até mesmo negativos, quem aplica por aqui pode receber mais de 7% ao ano acima da inflação com um título público.

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Para André Momberger, assessor de investimentos da Focalise Investimentos, essa taxa de juros elevada faz com que o Brasil possa ser considerado um paraíso para os investidores. No entanto, boa parte dos brasileiros não aproveitam a oportunidade da maneira como deveria ao aplicarem em produtos de renda fixa muito pouco rentáveis.

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Na opinião de Momberger isso acontece por três fatores principais. O primeiro deles é a falta de educação financeira no país. “Não existe um modelo de educação financeira formal. A maioria das pessoas não entendem de finanças e investimentos”, afirma. O segundo ponto é que as pessoas acreditam que só terão segurança se investirem por meio dos grandes bancos. “As próprias instituições aproveitam e fazem um marketing com isso. Eles dão entender que só existe segurança ali – o que não é verdade”, pontua. Em terceiro lugar, Momberger afirma que muitos investidores querem ter o melhor rendimento com uma liquidez imediata. “O investidor age como se amanhã fosse aparecer sempre a oportunidade da vida. Mas ele acaba nem usando o dinheiro, que fica esquecido em alguma aplicação com liquidez que paga muito pouco”, diz.

Como resolver
Para Momberger, a falta de educação financeira poderia ser sanada se as pessoas se interessassem em pesquisar sobre o assunto e estudar um pouco mais. “Existe uma infinidade de materiais gratuitos na internet”, lembra. Em relação à segurança, ele destaca que aplicações como CDB (Certificado de Depósito Bancário), LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) têm garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) para aplicações de até R$ 250 mil, o que dá tranquilidade para o investidor procurar aplicações de bancos médios que pagam um retorno mais alto. Além disso, é possível aplicar em títulos públicos que têm o menor risco de crédito de todo mercado, já que são garantidos pelo governo federal.

Por fim, em relação à liquidez, o assessor afirma que o investidor precisa ter um controle do seu fluxo de caixa e separar as aplicações que vai precisar no curto, médio e no longo prazo – já que quanto maior o prazo da aplicação, melhor costuma ser o retorno.

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Poupança também paga muito pouco
A caderneta de poupança, que ainda é a aplicação mais popular do país, também deixa muito a desejar em relação ao rendimento. Enquanto o investidor pode conseguir um retorno de 11% ao ano (já livre de impostos) aplicando em um CDB com liquidez diária, a rentabilidade caderneta gira em torno de 8% ao ano atualmente. “A poupança tem perdido para a inflação”, lembra o especialista em finanças Rafael Seabra.

O assessor de investimentos Marcelo Carbonari, da Futuro Investimentos, também lembra que na poupança o rendimento é pago apenas uma vez por mês. “Se a aplicação foi feita no dia 4 de um mês, por exemplo, só haverá ganho no dia 4 do mês seguinte. Se você resgatar no dia 3 não receberá nenhum rendimento. A correção acontece somente na data de aniversário de aplicação”, destaca. Portanto, mesmo para aquele dinheiro que você vai precisar usar durante o mês, o ideal é procurar algum fundo DI com liquidez diária.

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Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip