Tesouro Direto ou CDB: qual dos dois vale mais a pena agora?

Para planejador financeiro, momento atual é melhor para os CDB, mas depende de cada caso

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – A renda fixa vem apresentando excelentes rentabilidades nos últimos meses, no entanto, qual opção é melhor para o investidor nesse momento, o Tesouro Direto ou os CDB (Certificados de Depósito Bancário). A resposta será diferente para as necessidades de cada investidor, mas Roberto Seidel, planejador financeiro da Patrimono, destaca que o momento tem sido especialmente positivo para os CDB.

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A grande vantagem dos CDB frente ao Tesouro Direto está em sua rentabilidade. Um CDB com desempenho atrelado ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário) precisa ter uma rentabilidade de 100% do CDI para se equiparar ao Tesouro Selic, título do programa de compra e venda de títulos do governo federal, que acompanha o desempenho da taxa Selic.

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“Hoje é possível encontrar CDB com liquidez diária com taxas superiores a isso, como a 107% do CDI, por exemplo”, relata o planejador financeiro. Já para títulos sem liquidez diária, Seidel destaca que é possível achar títulos com taxas bastante superiores, passando de 120% do CDI. Nesse caso, o investidor deve saber que não poderá resgatar o dinheiro por um prazo determinado e, assim, garantir que realmente não precisa do dinheiro em questão, problema esse que não é encontrado no Tesouro Direto, que conta com liquidez diária.

Outra limitação dos CDB com rentabilidade superior ao Tesouro Direto está na aplicação mínima. De acordo com Seidel, títulos com rentabilidade mais alta geralmente requerem um investimento mínimo na casa de R$ 15 mil ou R$ 20 mil, enquanto que, no programa público, é possível investir com apenas R$ 30, fazendo com que seja uma opção mais acessível para quem tem quantias pequenas para investir.

Em relação ao investimento em títulos prefixados, o planejador financeiro afirma que, com a expectativa de que os juros ainda aumentem nas próximas reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária), eles não são a opção mais indicada para investir agora dentro da renda fixa. “Caso o investidor encontre CDB que paguem taxas de 14,5% ou 15% ao ano, pode valer a pena investir, se não, o melhor é seguir no pós-fixado”, afirma Seidel.

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Também existem CDB no mercado que pagam o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) mais uma rentabilidade adicional, mesmo funcionamento do título Tesouro IPCA+, no entanto, eles são muito raros. A regra é a mesma para os outros títulos, no entanto: comparar a rentabilidade e liquidez para tomar a decisão.

Em relação à segurança, o Tesouro Direto segue sendo a opção mais segura do país, uma vez que é garantido pelo governo federal, que é, em tese, o melhor credor que existe. Já o CDB é coberto pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para aplicações até R$ 250 mil, o que faz com que seja uma opção bastante segura para o investidor também.

Por fim, é importante ressaltar que nenhum dos dois investimentos é isento da cobrança do imposto de renda. Ambos estão na tabela da renda fixa, onde a taxa é de 22,5% para investimentos inferiores a seis meses e vai recuando até chegar em 15% para investimentos com prazos superiores a dois anos.

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