Confira as melhores aplicações para você aproveitar os juros de 13,25%

Especialista ainda elabora carteira de renda fixa para aproveitar juros altos com mais segurança

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – A taxa básica de juros no Brasil está em alta há alguns anos e parece que o ciclo de aperto monetário ainda não se encerrou. Atualmente, a um patamar de 13,25%, ela deixa as opções de investimento em renda fixa bastante atrativas para o investidor. Conheça abaixo 5 opções de investimento que podem ser uma boa ideia nesse momento e uma carteira de investimentos em renda fixa montada pelo CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF, Leandro de Lima Strasser.

1 – LCI e LCA
As LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio) são duas opções de investimento em renda fixa que podem ser atrativas para o investidor, com o atual cenário de juros mais altos. Boa parte delas tem sua rentabilidade atrelada ao CDI (Certificado de Depósito Bancário) e acabam se beneficiando com o aperto monetário promovido pelo BC.

Cláudia Martinez, diretora do banco Máxima destaca que uma vantagem desses produtos é a isenção de imposto de renda, o que faz com que sejam opções interessantes de investimento. O único risco que o investidor corre, nesse caso, é o de crédito, contudo, Claudia aponta que investimentos com um valor de até R$ 250 mil são garantidos pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Isso faz com que o investidor possa buscar bancos menores entre os emissores e, assim, garantir taxas de rentabilidade mais altas.

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2 – Tesouro Selic
O Tesouro Selic, que antes se chamava LFT, é um título do Tesouro Direto, programa de compra e venda de títulos do governo federal. O título é um dos que mais se beneficiam da alta da Selic, como explica Leandro, uma vez que tem sua rentabilidade atrelada diretamente à taxa de juros.

Além disso, o título tem, em tese, o emissor mais seguro do país, que é o governo federal. Em situações extremas, o governo tem a capacidade de emitir mais papel moeda de modo a honrar suas dívidas. Por ser atrelado à Selic, o título não tem volatilidade e acaba sendo uma boa opção para quem procura liquidez.

3 – CDB
Os CDB (Certificados de Depósito Bancário), como as LCI e LCA, são títulos bancários com rentabilidade geralmente atrelada ao CDI. Uma das vantagens dos CDB é que é possível encontrar títulos com um valor de entrada atrativo, que podem fazer com que ele vire uma boa opção para investidores com pouco capital.

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Os títulos também são garantidos pelo FGC para aplicações até R$ 250 mil por instituição financeira. No entanto, os CDB não são aplicações isentas de imposto de renda e, por isso, o investidor deve ficar atento, uma vez que aplicações de curto prazo sofrem mais incidência do que de longo prazo. “É uma boa opção para quem quer ganhar da inflação”, aponta Cláudia do banco Máxima.

4 – Tesouro Prefixado
O Tesouro Prefixado é outro título que faz parte do Tesouro Direto. A rentabilidade do título é prefixada, ou seja, definida no momento da compra. Exatamente por essa característica, esse título é mais volátil e arriscado para quem pensar em se desfazer antes de seu vencimento.

No entanto, quando os juros se estabilizarem ou entrarem em um processo de queda, esses títulos podem se valorizar e trazer um ganho de capital para o investidor, conforme destaca Strasser. Outra característica positiva do Tesouro Direto é que seu investimento mínimo é de apenas R$ 30,00.

5 – Fundos DI
Os fundos DI são outra alternativa que podem se mostrar interessantes com os juros em patamar mais elevado. De acordo com dados da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), com a Selic a 13,25%, até fundos com taxa de administração com 2,5% de taxa de administração, em aplicações de longo prazo, rendem mais que a poupança.

No entanto, Strasser não recomenda esses fundos para aplicações de longo prazo. “Com o passar do tempo, a incidência do come-cotas no fundo DI é muito grande e acaba minando muito a rentabilidade do investidor”, aponta.

Confira, a seguir, a carteira de renda fixa montada por Leandro de Lima Strasser:

Aplicação Peso
Tesouro IPCA+ com vencimento superior a 5 anos 30%
Tesouro IPCA+ com vencimento em 2019 10%
Tesouro Selic 30%
Tesouro Prefixado 10%
Papéis privados (LCI ou LCA, preferencialmente) 20%