Gestor aproveita títulos isentos de IR e outras opções de renda fixa

Estamos aproveitando as LCI e LCA até que haja uma sinalização mais clara se vai acabar ou não a isenção de IR, diz Luis Nazareth, da AZ FuturaInvest

Diego Lazzaris Borges

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SÃO PAULO – As LCI (Letras de Crédito Imobiliário) e LCA (Letras de Crédito do Agronegócio), que são títulos isentos de imposto de renda, estão entre os investimentos preferidos da equipe da Consultoria de Investimentos AZ FuturaInvest para este ano, enquanto ainda possuem vantagem tributária e oferecem retorno elevado por conta da taxa de juro alta. “Estamos aproveitando esses ativos incentivados de IR até que haja uma sinalização mais definida se vai acabar ou não [a isenção do IR], ou quando vai acabar”, disse Luis Nazareth, gestor de fundos da AZ. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, já disse que a taxação dos títulos isentos está no radar do governo, mas não falou quando deve acontecer.

Ainda dentro da renda fixa, Nazareth afirma que gosta de fundos que tenham estratégias ativas em inclinação de curva de juros e que aproveitem a oscilação que as taxas futuras vêm apresentando. “A volatilidade aumentou em quase 40% de um ano para cá, é uma tendência e tem boas oportunidades nesse mercado”, diz. Entre eles estão os fundos que compram títulos de inflação. “São fundos que operam juro real e se aproveitam de um estresse de mercado para montar e desfazer posições”, explica.

Já na parte de crédito privado (debêntures), ele destaca que é preciso analisar e escolher fundos que tenham um risco mais baixo e diluído entre vários títulos diferentes. “Precisa ver qual o processo de tomada de decisão, o nível de concentração de ativos. Escolhemos asas que optam pelo baixo risco, pela seletividade de ativos e principalmente pela pulverização. A gente sabe que crédito privado tem risco binário: ou paga ou não paga. Por isso tem que ter uma boa seleção e estratégia ativa”, diz.

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Renda variável

Na parte de renda variável, o gestor diz que busca fundos ativos, que sejam descolados dos índices e tenham liberdade para investir em vários tipos de papéis. “A gente prefere aproveitar estratégias de fundos Long&Short (que fazem operações casadas compradas e vendidas), ou Long Biased (que operam tanto com posições compradas quanto vendidas). “Preferimos estes fundos àqueles que têm apenas posição comprada”, afirma.

Nazareth não compra ações diretamente na Bolsa – a alocação é  feita por meio da compra de cotas de fundos. Ainda assim, ele tem seus papéis preferidos. “Fico confortável quando vejo na carteira do fundo ações do Itaú, Bradesco, BRF”, afirma.

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Como gestor de fundo de fundos, ele precisa ter acesso à carteira dos fundos que vai investir, para poder avaliar se a alocação faz sentido. “Com algumas gestoras eu procuro ter um bate papo semanal. Faço isso com 5 a 10 casas por semana. Tem casos que determinado fundo tem algum papel que para mim não é tão confortável, então a gente começa a acompanhar mais de perto”, explica.

Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip