Tesouro Direto já paga 6,5% de juro real por ano

O Tesouro IPCA, as antigas NTN-B Principal, com vencimento em 2035 pagavam nesta quarta-feira (11) 6,5% mais o índice de inflação oficial do país

Diego Lazzaris Borges

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SÃO PAULO – As taxas de juros pagas pelos títulos negociados pelo programa Tesouro Direto engordaram nas últimas semanas. O Tesouro IPCA, as antigas NTN-B Principal, com vencimento em 2035 pagavam nesta quarta-feira (11) 6,5% mais o índice de inflação oficial do país.

O Tesouro IPCA com Juros Semestrais, as antigas NTN-B, com vencimento em maio de 2035 ofereciam na manhã desta quanrta-feira um rendimento de 6,47% ao ano mais o IPCA. Já o Tesouro IPCA com Juros Semestrais (NTN-B) que vence em 2050, pagava 6,49% mais o IPCA.

É importante lembrar que os títulos de inflação possuem bastante volatilidade, já que seu preço muda diariamente. As oscilações nas curvas de juros futuros determinam se o valor de face do título ficará menor ou maior. Um exemplo: se quando você comprou um título de inflação a expectativa da Selic para o período era de 13% ao ano, a parte prefixada do seu título refletia esta projeção. Se um mês depois a expectativa para a taxa de juro do período for de 14% ao ano, a parte prefixada do título comercializado naquela data será maior. Isso quer dizer que o título que você comprou vai valer menos no mercado secundário e se você vender naquele momento pode até perder uma parte do dinheiro que investiu.

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Mas também pode acontecer o contrário: caso as expectativas para os juros futuros diminuam, o valor de face do seu título vai aumentar e se você vender antes pode ter um lucro elevado. No entanto, fazer operações de curto prazo com estes títulos é pouco indicado. O ideal é sempre casar o vencimento do título de inflação com seus objetivos de longo prazo, como a aposentadoria. Assim, você não corre de oscilação de preços e aproveita o investimento com menor risco de crédito do mercado.

Prefixados pagam mais de 13% ao ano
Na mesma linha dos títulos de inflação, os títulos prefixados também estão com uma rentabilidade maior nas últimas semanas, que já passa dos 13% ao ano. O Tesouro Prefixado 2018, a antiga LTN, pagava nesta manhã 13,46% ao ano. Já o Tesouro Prefixado 2021 oferecia uma rentabilidade de 13,10%.

O Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (antiga NTN-F) com vencimento em 2025 pagava 13,16%.

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Entre as casas de análise que recomendam papéis de renda fixa, a Inva Capital indica compra de títulos de inflação com vencimento em 2024 e dos prefixados com vencimento em 2016 e 2017. Estes dois últimos não estão mais disponíveis na plataforma de compra do Tesouro Direto – o vencimento mais curto é 2018.

Mudanças
O Tesouro Direto passou por mudanças. Desde o dia 10 de março,  as LTN (Letras do Tesouro Nacional) passaram a chamar Tesouro Prefixado 20XX (inclui-se depois do nome o ano de vencimento do título). Já a antiga NTN-F (Nota do Tesouro Nacional, série F) agora chama Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2025. A LFT (Letra Financeira do Tesouro) mudou de nome para Tesouro Selic 2017. A NTN-B (Nota do Tesouro Nacional, série B) passou a chamar Tesouro IPCA + com juros semestrais 20XX e a NTN-B Principal se chama Tesouro IPCA + 20XX.

Além disso, a partir do dia 30 de março, o Tesouro passará a ter liquidez diária. A recompra dos títulos será feita todos os dias úteis, a partir das 18 horas, até as 5 horas da manhã. “A transação será processada no dia útil posterior à ordem de venda, (D+1), quando os recursos oriundos dessa operação serão repassados para a sua instituição financeira”, explicou o Tesouro. 

Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip