Como montar uma carteira de investimentos que se encaixa no seu perfil?

Especialistas comentam os melhores investimentos para os 3 perfis de investidores: conservador, moderado e agressivo

Gabriella D'Andréa

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SÃO PAULO – Por mais conservador que um investidor seja não tem como se livrar dos riscos inerentes às aplicações. Mas mesmo que aplicar envolva alguns percalços é possível montar uma carteira que se encaixe no seu perfil. E para saber quais investimentos devem compô-la uma das primeiras perguntas a se fazer é: qual a minha tolerância ao risco?

“Antes de decidir o que vai fazer parte do portfólio é preciso verificar a finalidade desse investimento, quanto de risco o investidor suporta e daqui quanto tempo ele vai resgatar esse dinheiro”, pontua o consultor financeiro do instituto DSOP, Edward Claudio. “Para uma viagem que acontecerá daqui a 3 anos você deve considerar uma aplicação diferente para uma que aconteceria daqui a 1 ano, por exemplo”.

Caso o investidor seja mais conservador ele deve considerar aplicar em investimentos menos voláteis e mais seguros, principalmente de renda fixa. Títulos públicos ou CDBs (Certificado de Depósito Bancário) que pagam perto de 100% do CDI podem fazer parte da carteira. “Mas estas aplicações podem não valer a pena se você for retirar o dinheiro em até 6 meses, pois a tributação será de 22,5%. Portanto, quanto mais tempo você deixar o dinheiro na aplicação, menor será essa incidência”, ressalta Claudio. 

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De acordo com especialistas, o investidor pode considerar manter em torno de 70% na renda fixa, 25% em aplicações como os fundos imobiliários e uma pequena parcela, algo em torno dos 5%, no mercado de ações. 

Mas se o investidor for mais agressivo e tiver um objetivo de longo prazo, ele deve considerar aplicar uma parte maior na bolsa de valores, conforme afirma o educador financeiro e fundador da Academia do Dinheiro, Mauro Calil. Uma carteira com mais de 50% dos ativos no mercado acionário e o restante em aplicações mais sofisticadas, como LCIs (Letra de Crédito Imobiliário), LCAs (Letra de Crédito Agrícola) e fundos imobiliários, pode ser interessante para investidores com este perfil.  

Meio termo
No entanto, se o investidor está no meio termo, isso é, se ele é moderado, pode considerar aplicações que tenham uma rentabilidade melhor do que uma caderneta de poupança, por exemplo, e mesclar com o maior risco da renda variável, já que esse segmento também oferece maior rentabilidade. 

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Na renda variável, é possível considerar uma parcela em fundos de investimento imobiliário, que não possuem tanta volatilidade, e outra no mercado de ações. Já na renda fixa, LCIs e LCAs são boas opções, mesmo com uma pequena dose de risco. Portanto, no caso do investidor moderado, uma carteira interessante seria com cerca de 30% em fundos imobiliários, 30% no mercado acionário e o restante em renda fixa. 

“Estamos em um momento de transição dos investimentos muito acelerado. Hoje em dia, a caderneta de poupança e os fundos de renda fixa não repõem nem a inflação. Por isso, é preciso turbinar a renda fixa com investimentos mais sofisticados como as LCIs e as LCAs”, defende Calil.

Mas, independentemente do objetivo da aplicação, Claudio aponta que é essencial consultar um profissional do mercado financeiro. “É muito importante ter essa orientação, pois há uma gama imensa de investimentos disponíveis. No entanto, não aconselho gerentes de bancos, pois eles têm metas para cumprir e podem aconselhar um investimento que não condiz com o perfil do investidor”, conclui.

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