Maior parte dos brasileiros não tem reserva financeira, diz estudo

Estudo realizado pela Anbima mostra que 52% dos brasileiros não possui dinheiro extra para despesas inesperadas

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Apesar de 85% da população brasileira ter consciência da importância de guardar dinheiro para emergências, mais da metade dos brasileiros (52%) não tem nenhuma reserva financeira. É o que mostra uma pesquisa realizada pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). 

Quantificada pelo Datafolha, a pesquisa foi realizada com pessoas a partir de 16 anos, economicamente ativas (além de inativos com renda e aposentados) das classes A, B e C, de todas as regiões do Brasil. 

Para Aquiles Mosca, presidente do Comitê de Educação de Investidores da Anbima, falta disciplina para o brasileiro quando o assunto é dinheiro. “O comportamento da maioria das pessoas está voltado para consumir, isto é, para o prazer imediato. Poupar significa se privar de algo, mesmo que seja no curto prazo”, afirma 

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Segundo ele, o brasileiro sabe o que deve fazer, mas ainda tem dificuldade de abandonar velhos hábitos de consumo. Pensar nas consequências, seria, nesse cenário, uma reflexão necessária: “Se as pessoas não se privarem hoje, vão sofrer as consequências no futuro. Atualmente, a maior parte dos aposentados no Brasil depende financeiramente de seus filhos ou teve que baixar o padrão de vida para continuar se mantendo”. 

Do total de entrevistados, 65% dos mais novos afirmam não gostar de se planejar e preferirem esperar as coisas acontecerem para só então tomarem alguma atitude. Esse percentual, por sua vez, aumenta consideravelmente a partir dos 35 anos, chegando em 67% para pessoas acima de 60 anos. 

Ana Leoni, superintendente de Educação e Informações Técnicas da Anbima, afirma que tudo é uma questão de planejamento e prioridade, fatores que independem da renda. Para tornar este hábito mais tangível, Leoni recomenda pensar em oportunidades como uma viagem, um curso ou um novo negócio. “Dar vida aos objetivos, sejam eles de curto ou longo prazo, ajuda bastante a entender o esforço e as escolhas que serão necessários para atingi-los”, diz. 

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