Alta dos juros e retração da economia explicam fuga da poupança, diz Anefac

Economia em retração, inflação e juros altos são alguns dos fatores responsáveis

Lys Silva

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SÃO PAULO – Dados divulgados pelo Banco Central sobre os números da caderneta de poupança mostram uma nova redução no volume dos depósitos no mês de junho – sexta diminuição mensal consecutiva. Os seis primeiros meses de 2015 apresentaram uma retirada liquida total de R$ 38,5 bilhões, fazendo com que o saldo final atual atingisse, no mês passado, um total de R$ 648,7 bilhões contra R$ 648,3 bilhões em maio e de R$ 662,7 bilhões em dezembro de 2014, considerando os rendimentos no período.

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O diretor executivo de estudos e pesquisas econômicas da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel José Ribeiro de Oliveira, acredita que este resultado pode ser atribuído a dois fatores: elevação da taxa básica de juros e retração da economia nacional.

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“Com a elevação da taxa básica de juros aumentou a rentabilidade das aplicações financeiras em títulos públicos, como o fundo de renda fixa, CDB’s, tesouro direto, entre outros. Dessa forma, os investidores têm retirado suas aplicações da caderneta e migrado estes investimentos para apllicações que apresentam rentabilidade superior. Em junho, por exemplo, os fundos de renda fixa apresentaram uma rentabilidade de 0,74% contra uma rentabilidade de 0,68% da caderneta de poupança”, explica o diretor. “Além disso, a inflação elevada, juros altos, aumento de encargos e impostos reduzem a renda das famílias dificultando seu orçamento e fazendo com que elas se vejam obrigadas a resgatarem seus investimentos para complementarem suas rendas e conseguirem pagar suas despesas”, completa Miguel.

A tendência para os próximos meses, segundo a Anefac, é que este movimento de redução no volume de depósitos da poupança se acentue, já que o cenário econômico recessivo, com elevação dos índices de inadimplência e de desemprego, inflação e taxa Selic elevadas, vai permanecer durante o restante do ano.

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