Conservador, moderado ou agressivo? Veja as sugestões de investimentos para março

Os juros baixos praticados em todo o mundo e especialmente baixos no Brasil tornam o ambiente favorável para ativos de risco

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – O cenário de investimentos é igual para todos os investidores, mas a forma como cada um vai tirar o melhor proveito dele para obter o maior lucro possível depende do seu apetite ao risco, ou seja, do perfil de cada investidor.

Os analistas da XP Investimentos divulgaram seu relatório de alocação com sugestões de investimentos para cada um dos três perfis: conservador, moderado e agressivo.

Veja abaixo a indicação para diversificação de aplicações para março:

conservador

moderado

agressivo

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Cenário de investimentos

Os juros baixos praticados em todo o mundo e especialmente baixos no Brasil tornam o ambiente favorável para ativos de risco, segundo os analistas da XP. A bolsa brasileira consolidou seu patamar mais alto, impulsionada por certa estabilização dos mercados desenvolvidos, após a forte oscilação de janeiro e fevereiro e conta com a boa safra de resultados das empresas a seu favor para sancionar o maior otimismo de mercado.

No mercado de renda fixa, os analistas observam que os ativos mais longos ligados a inflação, como o Tesouro IPCA+ de 2035 em diante, reagem bem menos que os ativos de menor prazo, tipicamente prefixados. Ou seja, a Bolsa está subindo em um ritmo bem mais forte do que a queda desses títulos, que seguem valorizados.

“A interpretação mais razoável para esse comportamento do mercado é a dificuldade de sancionar níveis mais baixos de juros reais no longo prazo em um contexto de muita incerteza quanto aos resultados fiscais de longo prazo. Essa incerteza quanto ao resultado fiscal elevou-se em um mês no qual foi decretada intervenção federal no Rio de Janeiro, fechando-se a porta para a votação da reforma da previdência”, justificam os analistas, em relatório.

Com a valorização de diversos títulos públicos, principalmente nos vencimentos mais longos, os analistas acreditam que foi aberta uma possibilidade de ganho para que investidores vendam seus títulos antes do vencimento, observando antes o ágio que os mesmos oferecem.

“Julgamos interessante a realocação destes investimentos em posições em crédito privado, como debêntures incentivadas”, afirmam. Ou seja, a troca de títulos que subiram muito, acima dos ganhos esperados para o vencimento, pode ser vantajosa.

As debêntures incentivadas – títulos de dívidas de empresas que atuam no setor de infraestrutura – oferecem boa rentabilidade e isenção de imposto de renda. Na prática, as debêntures são “pedaços” de dívidas vendidas por companhias como forma de financiar grandes projetos.

“A possibilidade de se alocar em papéis emitidos por empresas de rating AA ou AAA pode gerar rendimentos líquidos superiores ao dos títulos públicos com uma relação risco x retorno interessante”, avalia o time de análise da XP.