Goldman Sachs avalia possibilidade de começar a operar bitcoins

"Em resposta ao interesse dos clientes em moedas digitais, estamos estudando a melhor forma de atendê-los neste espaço", disse um porta-voz do banco

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – O  banco americano Goldman Sachs afirmou estar estudando adotar bitcoins e outras criptomoedas em suas operações, segundo informações do site CNBC.

O banco está explorando o negócio, mas ainda em fases iniciais. “Em resposta ao interesse dos clientes em moedas digitais, estamos estudando a melhor forma de atendê-los neste espaço”, disse um porta-voz do banco. 

Sheba Jafari, vice-presidente da equipe de operações do Goldman Sachs, foi o único representante de uma grande empresa de Wall Street a emitir relatórios sobre o preço do bitcoin à medida que a moeda digital atingiu alguns picos este ano.

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Os relatórios de outros grandes bancos tendem a concentrar-se mais nas aplicações potenciais do blockchain, a tecnologia por trás do bitcoin que elimina a necessidade de intermediários terceirizados para negociar dinheiro.

Os principais bancos de Wall Street estão divididos sobre as criptomoedas. O CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, afirmou no mês passado que a moeda digital era uma “fraude” que “não vai acabar bem”. Por outro lado, o CEO do Morgan Stanley, James Gorman, disse na semana passada que as moedas digitais como o bitcoin são “mais do que apenas uma moda”.

Oferecendo a opção de operações em bitcoins, o Goldman Sachs poderia se beneficiar dando um passo à frente de seus concorrentes. O banco informou uma queda de 40% na negociação de títulos no segundo trimestre.

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“As empresas mais inteligentes de Wall Street têm a oportunidade de liderar o mercado na oferta de serviços financeiros para o crescente setor de criptografia”, afirmou Matthew Goetz, CEO da empresa de investimentos de criptografia BlockTower Capital e ex-vice-presidente do Goldman Sachs.  “Eu acho que as empresas inteligentes e mais avançadas devem estar envolvidas com criptomoedas, dado o número de novos serviços e linhas de negócios que resultarão delas, já que esta nova indústria continua a construir e a se institucionalizar”, finalizou.

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.