“Investidor deve ter exposição em Bolsa tanto aqui quanto lá fora”, diz executivo

Para o executivo, que nasceu nos Estados Unidos, o Brasil passa por um momento delicado, mas que deve ser superado

Diego Lazzaris Borges

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 SÃO PAULO – Em meio a uma crise política e econômica que afeta os investimentos e a alocação de recursos, diversificar a carteira e aplicar um percentual em ativos de renda variável – tanto no Brasil quanto no exterior –faz todo sentido, na opinião de Joseph Sweigart, diretor sênior de Vendas Institucionais da Columbia Threadneedle Investments. “O investidor deve ter exposição em renda variável brasileira e internacional como complemento da sua carteira. O tamanho depende de cada um”, disse Sweigart ao InfoMoney

Para o executivo, que nasceu nos Estados Unidos, mas morou no Brasil alguns anos na década de 1980, o país passa por um momento delicado, mas que deve ser superado. “Já vi [crises] piores. Já vi o Brasil sem caixa. Já vi o país à beira da falência. É mais um problema de administração. Mas tem recursos, experiência e infraestrutura. O brasil é bem mais aberto, não tem tantos monopólios como antes”, ressalta.

A Columbia Threadneedle Investments fechou recentemente uma parceria com a Rio Bravo Investimentos para o lançamento do Rio Bravo Columbia Threadneedle European Fundo de Investimento Multimercado – Investimento no Exterior, que investe em empresas multinacionais sediadas na Europa. O objetivo do fundo é investir no mínimo 95% dos recursos em cotas do Threadneedle European Select Fund, gerido pela Threadneedle. No mercado desde 1986, este fundo tem patrimônio líquido de US$ 4,2 bilhões.

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O fundo investe em empresas conhecidas, com balanços sólidos, de dividendos crescentes e bem-sucedidas globalmente. “É um fundo de alta convicção. Temos cerca de 42 papéis na carteira, então se vamos colocar tanto dinheiro em uma única empresa, precisamos confiar muito na sua administração e nos negócios que ela atua”, afirma Sweigart.

As maiores posições estão em empresas de bens de consumo, saúde e indústria farmacêutica. Entre os papéis constam gigantes como Bayer, Unilever e L’oreal. “São empresas que estão presentes no mundo todo, que todos conhecem”, diz o executivo. A maior fatia está nas ações da Novo Nordisk, farmacêutica que produz remédios para o diabetes. “Esta é uma doença que está presente no mundo todo e que precisa ser controlada”, destaca o diretor da Columbia Threadneedle.

Já do setor de bancos tem baixa relevância na carteira do fundo. “Os bancos normalmente têm poucos diferenciais. Na Europa há muita competição, então o que um banco faz o outro faz exatamente igual” justifica. Outro setor que eles preferem ficar longe é o de utilities. “Preços de água e luz não são regulados pelo mercado, e sim pelo governo. Então não gostamos de investir”, afirma.

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Investidores qualificados
Com uma aplicação mínima de R$ 1 milhão, o fundo é destinado a investidores qualificados e possui taxa de administração de 0,08% a.a no Brasil e 1,00% a.a. no exterior.

O fundo local começou com R$ 34 milhões de capital inicial (seed money) aportados pelas duas gestoras. A administração é da BEM DTVM Ltda (Grupo Bradesco), com gestão da Rio Bravo.

Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip