Fundos de ações perdem a preferência dos investidores na semana

Fundos de ações emergentes tiveram sua primeira sequência de resgates semanais em 2012; desenvolvidos também perderam

Paula Barra

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SÃO PAULO – Os fundos acionários dos mercados desenvolvidos continuam lutando contra as incertezas dos investidores quando a saúde da economia global, mostrou o relatório da EFPR divulgado nesta sexta-feira (20). Os aplicadores continuam mostrando preferência por investimentos mais seguros nos fundos bonds, uma vez que o temor com a Zona do Euro e a falta de atitude do Federal Reserve para lançar um novo programa de estímulo econômico afastam as aplicações dos fundos de ações. 

Diante disso, os investidores de varejo estenderam seus resgates em todos os fundos acionários dos mercados desenvolvidos na semana terminada em 18 de abril. Os fundos da Europa registraram aceleração nas saídas líquidas pela quarta semana consecutiva, com os resgates acumulando um total de US$ 12,9 bilhões no ano. 

As preocupações dos investidores com a habilidade das autoridades europeis para conter a crise da dívida na Zona do Euro pressionaram as aplicações nessa semana, tendo em vista que o rendimento de títulos públicos da Espanha superaram os 6% pela primeira vez no ano em 16 de abril. Neste patamar, o yield dos bônus espanhóis se aproxima dos 7% – nível considerado insustentável pelo mercado por conta da situação recente dos países que necessitaram da ajuda da Zona do Euro e do FMI (Fundo Monetário Internacional).

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Enquanto isso, os fundos do Japão apresentaram fluxo de US$ 392,4 milhões, subindo pela quarta semana seguida, com o banco central do país sinalizando que vai cumprir sua meta de inflação de 1%, complementando o estímulo fiscal fornecido para o trabalho de reconstrução das áreas afetadas pelo terremoto e tsunami no último ano.

Emergentes também perdem capital
Os fundos dos mercados emergentes registraram resgates de US$ 716,4 milhões na semana pela primeira vez desde dezembro, diante das incertezas dos aplicadores com a situação econômica global, em particular com o crescimento da China.

No ano, os fundos registram um fluxo de US$ 24,07 bilhões, abaixo do registrado no final do primeiro trimestre deste ano de US$ 25,6 bilhões, mas ainda melhor quando comparado ao último ano, quando os fundos totalizaram captação líquida de US$ 14,3 bilhões.