BM&FBovespa segue em negociação para criar ETF de renda fixa

“O ETF de Renda Fixa não é a bala de prata, não acho que seja única solução. Mas é um bom produto”, diz diretor da BlackRock

Rodolfo Mondoni

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SÃO PAULO – A BM&FBovespa começou a trabalhar no ETF (Exchange Traded Funds) de renda fixa em 2014. Passado mais de um ano, a bolsa chega a etapa final do processo, mas ainda falta negociar com um gestor.

“A Bolsa realizou os investimentos necessários para o lançamento do produto e no momento aguarda definições regulatórias. Desde início do projeto, possíveis gestores têm demonstrado interesse e participado ativamente desse desenvolvimento”, disse BM&FBovespa por meio da assessoria de comunicação.

A BlackRock, maior gestora de ETFs do mundo e responsável por sete dos quatorze fundos de índices negociados na bolsa brasileira, é um potencial candidato. “Estamos trabalhando nisso. Temos uma visão, mas ainda não há uma data”, disse Bruno Stein, diretor da BlackRock.

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Apesar de demonstrar interesse, Stein acredita que sejam necessárias outras ações em conjunto para que os ETFs decolem no Brasil. “O ETF de renda fixa não é a bala de prata, não acho que seja única solução. Mas é um bom produto”, disse.

Para ele o primeiro passo é criar mais e melhores índices. “Quando se criou o S&P ou o Ibovespa, ninguém estava pensando em fazer um ETF. Mas aumentar a qualidade da informação”, defendeu.

Para Stein a performance da Renda Variável nos últimos anos tem atrapalhado também os ETFs, que sofre ainda com a concorrência de outros investimentos. “Taxa de juros livre de risco está muito alta, não tem como não considera isso”, ressaltou.

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A bolsa brasileira possui 24 índices listados, 14 ETFs locais e dois fundos de índices estrangeiros (S&P500), somando um patrimônio líquido de R$ 3,36 bilhões, de acordo com dados de novembro da BM&FBovespa, valor ainda muito pequeno se comparado ao patrimônio global de mais de US$ 2,8 trilhões.

Além desse pequeno número, outra crítica que se faz é a concentração desses ETFs na mão de quatro gestores: BlackRock, Itaú Asset Management, BB DTVM (gestora de recursos do Banco do Brasil) e Caixa Econômica Federal.