Fundos de Índices somam R$ 2,9 bilhões em setembro no Brasil

“Isso é uma febre no Estados Unidos e precisa virar uma febre no Brasil”, afirma analista chefe da XP Investimentos.

Rodolfo Mondoni

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SÃO PAULO – Segundo levantamento da BlackRock, maior gestora global de ETFs, os fundos de índices já representam 27% do volume negociado em bolsa nos EUA e 20% na Europa. A indústria vem crescendo a uma taxa média anual de 25% nos últimos 10 anos e já atinge 2,8 trilhões de dólares.

No Brasil, o primeiro ETF foi lançado em 2004, hoje o país possui 18 listados na BM&FBovespa, totalizando aproximadamente R$ 2,9 bilhões. De janeiro a setembro foram negociados R$ 24,8 bilhões em ETFs, valor um pouco inferior R$ 25 bilhões transacionados no mesmo período do ano passado.

“Isso é uma febre no Estados Unidos e precisa virar uma febre no Brasil. Um pequeno investidor que tem pouco capital para diversificar, consegue fazer isso através do ETF”, afirma André Morais, analista-chefe da XP Investimentos.

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Uma das premissas para quem deseja investir é diversificar. O ETF é uma cesta de ações de um determinado setor ou mercado, o que permite essa diversificação fazendo uma única operação.

Quando você compra as ações da Vale, por exemplo, você está apostando na alta ou na queda desse único ativo. Isso deixa o investidor muito vulnerável a uma determinada ação para ter sucesso ou não. Mas quando você compra uma cesta do setor, você compra um conjunto de ações de diferentes empresas. Assim, um evento que influencia na ação de uma empresa pode ter menos efeito sobre outra, o que deixa o investidor mais protegido.

Os ETFs custam em média menos do que outros tipos de investimentos. Além disso, eles permitem diversificar pagando uma só corretagem e taxa de emolumento, o que aumenta os rendimentos.

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Apesar de todos esses benefícios, os ETFs ainda não conquistaram os brasileiros. De acordo com Moraes, um dos fatores que explica isso é o pequeno número de investidores. “Com a evolução do mercado brasileiro e o aumento da liquidez, fatalmente o ETF vai ficar mais conhecido e negociado no país”, defende o analista.

Apesar de ser um mercado ainda incipiente no Brasil, os ETFs têm um grande potencial de crescimento, principalmente quando a economia voltar a se recuperar. Confira a evolução das transações desde 2008, no gráfico abaixo:

Fundos iShares

Os fundos de Índice iShares são geridos pela BlackRock, que administra mais de 4 trilhões de dólares em ativos e oferece uma gama completa de soluções de investimentos e gestão de risco em escala global.

Os iShares buscam retornos de investimentos que correspondam, de forma geral, ao desempenho de um determinado índice de referência. A seguir, uma rápida descrição de cada ETF iShares negociado na BM&FBovespa.

Ibovespa (BOVA11)

O iShares Ibovespa busca obter retornos de investimentos que correspondam, de forma geral, o Índice Bovespa, que mede o retorno de uma carteira teórica calculada pela BM&FBOVESPA, composta pelas ações que respondam por mais de 80% do número de negócios e do volume financeiro no mercado à vista.

IBrX-Índice Brasil (BRAX11)

O Índice mede o retorno de uma carteira teórica composta pelas 100 ações mais negociadas na BM&FBOVESPA, em termos de número de negócios e volume financeiro.

BM&FBOVESPA MidLarge Cap (MILA11)

O MidLarge Cap é um índice de mercado que mede o retorno de uma carteira teórica, composta pelas companhias com os maiores valores de capitalização listadas na BM&FBOVESPA, cujo valor total represente 85% da soma dos valores de capitalização de todas as companhias listadas.

BM&FBOVESPA Small Cap (SMAL11)

O Small Cap é um índice de mercado que mede o retorno de uma carteira teórica, composta pelas companhias com os menores valores de capitalização, listadas na BM&FBOVESPA, cujo valor total represente 15% da soma dos valores de capitalização de todas as companhias listadas.

BM&FBOVESPA de Consumo (CSMO11)

O Índice BM&FBOVESPA de Consumo mede o retorno de uma carteira teórica, composta pelas ações representativas dos setores de consumo cíclico e não cíclico.

Índice Carbono Eficiente Brasil (ECOO11)

O fundo acompanha o Índice Carbono Eficiente – ICO2, sendo um indicador baseado na carteira do IBrX-50 que leva em consideração, na ponderação das ações participantes, as emissões de gases de efeito estufa (GEE) das empresas.

Índice BM&FBOVESPA Imobiliário (MOBI11)

O Índice BM&FBOVESPA Imobiliário mede o retorno de uma carteira composta pelas ações dos setores do ramo imobiliário: construção civil, intermediação imobiliária e exploração de imóveis.

Índice Utilidade Pública BM&FBOVESPA (UTIP11)

O Índice Utilidade Pública mede o retorno de uma carteira teórica, a partir de uma visão segmentada do mercado, medindo o comportamento das empresas representativas do setor de utilidade pública (energia elétrica, água e saneamento e gás).

S&P 500 – Inv. no Exterior (IVVB11)

O iShares S&P 500 é um fundo de índice constituído no Brasil que busca retornos de investimentos que correspondam, à performance do Índice S&P.