Qual melhor investimento em renda fixa para R$ 50 mil?

Jose Carlos Silva Alves Cravo, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF, responde a pergunta de leitor do InfoMoney

Equipe InfoMoney

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Pergunta

Qual a melhor opção de investimento de R$ 50 mil? Tenho interesse em renda fixa, mas, caso tenham uma opção melhor com renda variável, também pode ser interessante.

Leitor: Gabriel

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Resposta de Jose Carlos Silva Alves CravoCFP, Planejador Financeiro Certificado pelo IBCPF

Prezado leitor, analisando o seu questionamento, a melhor opção de investimento será aquela que mais se adequar ao seu perfil de investidor, pois o grau de risco e o horizonte de investimento em produtos de renda fixa e renda variável são totalmente diferentes.

Antes de realizar qualquer tipo de aplicação financeira, é interessante que você preencha o questionário da análise de perfil do investidor (API), também chamado de suitability, que é disponibilizado pelas instituições financeiras.

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O aspecto mais importante de você preencher o suitability é de ter uma melhor adequação de seu perfil de risco ao portfólio de produtos oferecidos no mercado.

Não esqueça que quanto maior a rentabilidade prometida, maior o risco de perder a quantia aplicada, por isso é fundamental analisar o tipo de aplicação para alocação do seu recurso.

Considerando um horizonte de investimento de aproximadamente 12 meses (é um período curto, se analisarmos o horizonte de investimento em renda variável para acumulação de capital) e por conta do atual cenário extremamente volátil, não existem modelos seguros para que se possa opinar acerca de tendências futuras. Assim, a estratégia sugerida para o momento é a de proteção do capital, ou seja, considerar produtos com maior segurança para alocação de recursos.

Dentro desse contexto, iremos considerar somente as opções de investimentos em produtos de renda fixa atrelados ao CDI (Certificado de Deposito Interfinanceiro que acompanha a taxa de juros da economia (SELIC)). Em termos práticos, quanto maior a for a taxa de juros da economia, maior será a sua rentabilidade e se ocorrer o contrário a sua rentabilidade será menor.

Sugiro que você considere os seguintes produtos para alocação do seu recurso: Fundos de Investimento Referenciado DI Longo Prazo, LCI (Letra de Credito Imobiliário), LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), CDB (Certificado de Deposito Bancário) e algumas opções do Tesouro Direto.

Considerações sobre os produtos de renda fixa citados:

Esses fundos têm por objetivo investir no mínimo 95% do valor de sua carteira em títulos ou operações que busquem acompanhar as variações do CDI ou Selic, o que proporciona rendimentos mais constantes, ou seja, sem expressivas volatilidades.

Outro ponto a se considerar é a taxa de administração do fundo. Analise bem! Pois existem fundos com taxa de administração superior a 3% ao ano, taxa que irá impactar consideravelmente o seu rendimento.

Agora, além da taxa de administração, possuem antecipação de cobrança de imposto de renda (chamado “come cotas”, no caso de fundo longo prazo a incidência de IR é de 15% e curto prazo de 20%) nos meses de maio de novembro e não contam com a garantia do administrador do fundo, do gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro ou, ainda do Fundo Garantidor de Créditos – FGC (garantia de até R$ 250.000,00 por CPF, por instituição financeira em caso de intervenção, liquidação extrajudicial e reconhecimento, pelo Banco Central, do estado de insolvência da instituição financeira associada ao fundo).

Destaco o título pós-fixado chamado Tesouro Selic que é atrelado à taxa de juros da economia (SELIC), toda vez que a taxa básica de juros da economia aumentar a sua rentabilidade será maior e vice versa, porém não podemos deixar de considerar que além do imposto de renda, o título possui taxa de custódia cobrada pela BMF-Bovespa e por algumas corretoras.

Não possui antecipação semestral de imposto de renda “come cotas”.

Modalidade de aplicação em renda fixa onde a taxa de remuneração segue o CDI e é determinada no momento do investimento (exemplo: um CDB negociado com 100% do CDI).

Não possui taxa de administração, taxa de custódia, antecipação semestral de imposto de renda “come cotas” e contam com a garantia do fundo garantidor de crédito – FGC.

As Letras de crédito (LCI e LCA) são produtos conservadores de baixo risco e possuem taxa de remuneração atrelada ao CDI, sendo determinada no ato da aplicação.

O principal atrativo das letras é o benefício fiscal, ou seja, são isentas de imposto de renda.

Não possuem taxa de administração, taxa de custódia e contam com a garantia do FGC, o que torna as letras opções com grandes vantagens tanto financeira quanto tributária.

Procure um banco ou corretora, se informe sobre as condições de cada produto e antes de fazer a sua aplicação faça a análise do seu perfil de investidor, pois será a melhor forma de aplicar em um produto ideal para você e para o momento econômico.

Jose Carlos Silva Alves Cravo, é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). 

As respostas refletem as opiniões do autor. O IBCPF e o Infomoney não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

Perguntas devem ser feitas por meio da plataforma Ganhe Mais. Cadastre-se gratuitamente e tire suas dúvidas com planejadores certificados e capacitados.

 

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