Quero acumular R$ 130 mil; o que devo fazer para conseguir isso?

Eric Henriques de Moraes, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF, responde a pergunta de leitora do InfoMoney

Equipe InfoMoney

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Pergunta

Tenho 10 mil para investir, e consigo poupar R$ 400 por mês. Meu objetivo é chegar a R$ 130 mil o mais rápido possível para poder investir nos meus estudos. Qual é a melhor opção de investimento? Aceito investimentos com risco.

Leitora: Felipe

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Resposta de Eric Henriques de Moraes, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF

Felipe,

Investimento intelectual é um grande passo na carreira profissional, parabéns pela postura. Quanto a implementação da estratégia de investimentos, é importante considerar que estes R$ 10.000,00 iniciais realmente sejam dedicados ao planejamento, eles devem andar paralelamente ao seu dia a dia e reservas de curto prazo. Eles não podem se confundir, pois assim seu investimento na carreira terá grandes chances de não ser concretizado. Leia-se reserva de curto prazo – para emergências – como uma aplicação de renda fixa pós fixada, como um fundo DI ou CDB, pense sempre em uma reserva com volume aproximado acima de 6 meses de salário para qualquer eventualidade.

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Voltando o raciocínio para sua necessidade: estamos em um cenário de altas taxas de juros no país, hoje é possível ter uma rentabilidade por volta de 1,02% ao mês (com a nova Selic de 13,25%aa) em uma aplicação com 100% do CDI (considerando as mesmas aplicações fundo DI ou CDB), descontando o IR de 15% (para resgates a partir de 24 meses), o rendimento líquido seria de 0,87%am. Com seu cenário de R$10mil iniciais e R$400 mensais, você chegaria aos R$130mil (sem considerar a inflação) em 133 meses ou pouco mais de 11 anos. Este cálculo seria apenas para tomar com base se a situação atual perdurasse pelos 11 anos. Porém caso os aumentos sucessivos nos juros tenham eficácia, a inflação arrefecerá e consequentemente a Selic acompanhará, e por fim o seu planejamento terá um prazo de execução maior para ser concretizado.

Recorrendo à volatilidade, você tem duas saídas:

A primeira (mais conservadora): Investimento em títulos do tesouro direto que preservam o principal investido pagando a inflação mais um spread, é de fato a rentabilidade real em forma de título público. O nome deste título se chama IPCA+ (antigo NTN-B).

A segunda (mais arrojada): Mais arrojada, porém a ideal, que são as ações, via fundo de ações. Você somaria três variáveis optando por esse modelo: a) Mercado brasileiro em crise, consequentemente os preços das ações abaixo de seu valor justo; b) Governo focado em reverter a situação macro no país criando reformas fiscais e políticas, ou seja, vemos um cenário menos nebuloso à frente, e; c) Taxas de juros mais baixas nos próximos 5 a 10 anos, o que diminuiria o custo de oportunidade e faria as pessoas, as empresas e os investidores estrangeiros a investirem nas ações do Brasil.

Felipe, espero ter sido claro e elucidativo quanto aos pontos abordados. Lembrando que é preciso realizar a análise de seu perfil de investidor em sua instituição financeira com seu planejador financeiro de confiança, passando mais detalhes de sua situação, além de debater as possibilidades.

Eric Henriques de Moraes é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). 

As respostas refletem as opiniões do autor. O IBCPF e o Infomoney não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

Perguntas devem ser feitas no e-mail onde_investir@infomoney.com.br