Recebi R$ 300 mil; quais são as melhores opções de investimento?

José Hermilio Curado Filho, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF, responde a pergunta de leitor do InfoMoney

Equipe InfoMoney

Publicidade

Pergunta

Recentemente recebi da venda de um lote R$ 300 mil e gostaria de saber o que posso fazer para ter um bom retorno no curto e longo prazo.

Leitor: Whatyson

Oferta Exclusiva para Novos Clientes

CDB 230% do CDI

Destrave o seu acesso ao investimento que rende mais que o dobro da poupança e ganhe um presente exclusivo do InfoMoney

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Resposta de José Hermilio Curado Filho, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF

Olá Whatyson,

Vamos separar seus investimentos de acordo com duas estratégias, uma de curto prazo e uma de longo prazo.

Continua depois da publicidade

O valor aplicado de acordo com a estratégia de curto prazo poderá ser utilizado para fazer resgates para pagar contas e emergências que possam surgir, por isso temos que escolher investimentos que não tenham volatilidade, que o dinheiro estará disponível rapidamente e o rendimento será de acordo com o esperado.

Estratégia de curto prazo:

Essa estratégia será composta por investimento em renda fixa com juros pós-fixados. Estes produtos tem o rendimento associado a indicadores de mercado, a maior parte deles ao CDI.

Priorize as LCIs e LCAs que tenham cláusula de resgate antecipado, caso precise resgatar o valor para alguma emergência. Esses papéis são isentos de imposto de renda e o recebimento de até R$250.000,00 é garantido pelo FGC – Fundo Garantidor de Créditos.

Outras alternativas são (i) CDB que não é isento de imposto de renda, mas também têm garantia do FGC; (ii) LFTs, que são consideradas livres de risco no Brasil; e (iii) fundos referenciados DI, que cobram menos que 0,5% de taxa de administração, estes são os de maior risco entre os ativos pós-fixados citados acima.

Estratégia de longo prazo:

A estratégia de longo prazo terá a função de aumentar o ganho potencial de sua carteira no longo prazo, portanto, será composta de ativos de renda fixa com juros prefixados e renda variável.

– investimento em renda fixa com juros prefixados: os prefixados são títulos públicos, privados ou de instituições financeiras que possuem uma data de vencimento e cuja a rentabilidade do investimento é determinada no momento da aplicação. Alguns desses títulos tem pagamentos periódicos, que são chamados de cupom.

No seu caso, recomendo que os prefixados sejam compostos 70% por títulos públicos e 30% por títulos privados bem diversificados. A opção: (i) pela compra, ou não, de títulos pagadores de cupom; e (ii) das datas de vencimento dos papéis, deve ser tomada levando em consideração a sua necessidade de caixa nesse período.

– investimento em renda variável: esta carteira deverá ser composta por Fundos de Investimento em Ações – FIA e Fundos de Investimento Multimercado – FIM. Geralmente o valor da cota dos FIA variam mais que as dos FIM, por isso é considerada uma opção com maior risco de mercado. Dessa forma, a seleção e a participação de cada um dos tipos de fundo em sua carteira deve ser feita com muita cautela para evitar frustrações.

Outra opção de investimento que poderá fazer parte dessa carteira são os fundos imobiliários, uma vez que: (i) o pagamento de dividendos é isento de imposto de renda para pessoa física; (ii) os dividendos podem auxiliar em seu fluxo de caixa; e (iii) a variação da cota no longo prazo pode ser interessante.

Vale lembrar que a proporção entre renda fixa e renda variável na estratégia de longo prazo, deverá seguir o perfil de risco do investidor: quanto mais prefixados carregados até o vencimento, mais conservadora a carteira, quanto mais renda variável, mais agressiva.

A alocação da carteira em estratégia de curto prazo geralmente varia entre 30% a 70%, dependendo do horizonte de investimento, a tolerância as oscilações do mercado, a idade e outros indicadores que determinam o perfil de risco do investidor. Quanto maior o investimento na estratégia de curto prazo menos risco, em compensação, o retorno esperado também será menor.

José Hermilio Curado Filho é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). 

As respostas refletem as opiniões do autor. O IBCPF e o Infomoney não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

Perguntas devem ser feitas no formulário http://www.infomoney.com.br/onde-investir/infomoney-responde-formulario-pergunta