Onde investir R$ 10 mil para ter um retorno maior que a poupança?

José Hermilio Curado Filho, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF, responde a pergunta de leitora do InfoMoney

Equipe InfoMoney

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Pergunta

Tenho 26 anos, me preocupo muito com o futuro e quero investir um dinheiro que tenho aplicado na poupança, mas que penso não estar rendendo muito. Infelizmente sou leiga no assunto, atualmente estou no 3º semestre da faculdade de administração e o pouco que aprendi ainda não me foi suficiente. Gostaria de saber onde posso investir a quantia de R$ 10 mil com prazo mínimo de 5 anos (podendo ser maior), para que o retorno seja maior que o da poupança e com um risco médio para baixo.

Leitora: Cenilde

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Resposta de José Hermilio Curado Filho, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF

Olá Cenilde,

Atualmente existe uma série de ativos financeiros que entregam um rendimento seguro acima da Poupança. A seguir recomendarei um portfólio de baixo risco, dentro de um horizonte investimento de 5 anos, com algumas sugestões para dar uma “apimentada” em sua carteira sem sair do seu perfil de risco.

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APLICAÇÃO EM RENDA FIXA

As aplicações em Renda Fixa podem ser prefixadas e pós-fixadas. Nas prefixadas a rentabilidade do investimento é determinada no momento da aplicação, já nas pós-fixadas a rentabilidade está vinculada ao desempenho de algum índice, que pode variar ao longo do tempo.

– 50% da quantia (R$5.000.00) em NTN-B Principal com vencimento para 2020:

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Uma opção de Renda Fixa de baixo risco seria o investimento em títulos públicos, uma vez que o risco de calote de seu emissor, o governo, é mínimo. No caso especificamente do NTN-B Principal, além de ser um título público, ele garante ao investidor um rendimento real, uma vez que sua remuneração é determinada por um valor “fixo” (prefixado) + IPCA, um dos índices que mede a inflação no país (pós-fixado).

Vale lembrar que, a rentabilidade desses papéis apenas é garantida caso o investidor carregue o título até o seu vencimento. Caso contrário, se optar pela venda antecipada, seu preço estará sujeito a variações de mercado, ligadas, basicamente, a variações de taxas de juros e indexadores atrelados ao título.

Essa oscilação pode ser tanto positiva como negativa. Dessa forma, ao longo do período de cinco anos o título poderá apresentar uma rentabilidade maior ou menor do que a esperada. Eis aqui, uma oportunidade de aumentar a rentabilidade e, consequentemente, risco de sua

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carteira. Ao acompanhar a oscilação do preço do título, você poderá optar por vende-lo, caso apresente uma rentabilidade maior do que a esperada, ou leva-lo até o vencimento, considerando que você não precisará deste dinheiro antes do período predeterminado.

Outra forma de aumentar a rentabilidade de sua carteira de renda fixa é adquirindo títulos privados prefixados – como, por exemplo, as debêntures, que são ativos de crédito privado emitidos por empresas não financeiras. Em geral, esses títulos pagam juros mais altos que os públicos, em razão do seu maior risco de calote. Estes papéis não são muito recomendáveis no seu caso, pois além de ser necessário conhecimento da capacidade da empresa emissora do título de honrar a dívida, esses papéis tem uma valor unitário alto, e acabariam tendo um peso significativo em seu portfólio.

– 45% da quantia (R$4.500,00) em renda fixa pós fixadas:

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Como já mencionado acima, estes produtos tem o rendimento associado a indicadores de mercado, a maior parte deles ao CDI. Dê preferência para as LCIs e LCAs que tenham cláusula de resgate antecipado, caso precise resgatar o valor para alguma emergência. Esses papéis são isentos de imposto de renda e o recebimento deste valor (R$4.500,00) é garantido pelo FGC – Fundo Garantidor de Créditos.

Por não ser fácil encontrar LCIs e LCAs que aceitem investimento no valore de R$4.500,00, outras opções são: (i) CDB que não é isento de imposto de renda, mas também têm garantia do FGC; (ii) LFTs, que são consideradas livres de risco no Brasil; e (iii) fundos referenciados DI, que cobram menos que 0,5% de taxa de administração, estes são os de maior risco entre os ativos pós-fixados citados acima.

APLICAÇÃO EM RENDA VARIÁVEL

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– 5% (R$500,00) em ações.

Esta é a parte de maior risco do portfólio.

Como não é fácil encontrar Fundos Multimercados e Fundos de Investimento em Ações que aceitem aplicação inicial mínima de R$500,00 (que seria a primeira sugestão), a melhor opção é investir em um ETF que replique o índice Ibovespa. ETF é um fundo fechado que tem a cota negociada em bolsa e geralmente tentam replicar um índice de ações.

Essa é uma forma interessante de participar do mercado acionário sem correr o risco específico de uma ação. Pelo seu perfil de risco não é recomendável uma posição maior que 5% em ETF.

Outra opção para diversificar a estratégia de renda variável são os fundos imobiliários, mas para reduzir o risco específico de alguns ativos imobiliários, sugiro que compre fundos com uma boa diversificação de imóveis ou um fundo de fundos.

José Hermilio Curado Filho é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). 

As respostas refletem as opiniões do autor. O IBCPF e o Infomoney não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

Perguntas devem ser feitas no formulário http://www.infomoney.com.br/onde-investir/infomoney-responde-formulario-pergunta