Penso em comprar um apartamento; pago à vista ou financio e invisto o dinheiro?

Guilherme Kolberg, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF, responde a pergunta de leitor do InfoMoney

Equipe InfoMoney

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Pergunta

Tenho um capital de R$ 400 mil e penso em comprar um apartamento neste valor. O que compensa mais, aplicar este valor ou fazer um financiamento e com o rendimento desta aplicação mais o adicional necessário pagar prestações deste financiamento?

Leitor: Izaque

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Resposta de Guilherme Kolberg, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF

Caro Izaque, excelente pergunta, acredito que seja a dúvida de outros leitores também. Para responder essa questão, você terá que fazer um comparativo entre as taxas pagas por um financiamento/empréstimo e o que você pode conseguir em uma aplicação sem risco. É como encher uma banheira com o ralo aberto. Você conseguirá fazer isso caso a intensidade da torneira seja maior do que a quantidade de água que sai pelo ralo. Primeiramente falando do financiamento/empréstimo, você pode consultar com o seu banco ou ainda fazer uma pesquisa de mercado.

O site www.canaldocredito.com.br apresenta alguns comparativos que podem lhe ajudar. Sua renda, idade e histórico podem impactar positivamente ou negativamente para conseguir taxas mais atrativas. Se você já possui algum imóvel em seu nome, o empréstimo com garantia imobiliária pode ser também uma boa opção. Lembra da banheira? Essa taxa irá definir o tamanho do ralo. Uma vez que você sabe quanto irá pagar de juros no financiamento/empréstimo, você pode buscar alternativas de investimento. Aqui, é importante levar em consideração dois pontos:

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1º – Risco: você não deve fugir de investimentos conservadores, uma vez que irá depender desses recursos para pagar o financiamento imobiliário.

2º – Liquidez: você pode até mesclar investimentos que tenham um prazo de resgate mais longo, mas lembre-se que mensalmente você deverá fazer uma retirada desses recursos.

Quanto aos tipos de investimentos, busque montar uma carteira diversificada com investimentos conservadores, como CDBs, LCIs, LCAs, LFTs e LTNs, lembrando sempre de deixar aplicações de liquidez imediata para o pagamento do financiamento mensal. Todas as aplicações acima possuem a incidência de Imposto de Renda na tabela regressiva, salvo as LCIs e LCAs, que são isentas de IR. Você pode conseguir retornos de 90 a 110% do CDI com uma carteira dessas, o que representa hoje algo em torno de 10,80% a.a. Se diminuirmos o IR, você terá um rentabilidade em torno de 9% a.a.

Finalizando, é importante ver que nos produtos acima, mesclamos taxas pré-fixadas, aquelas que sabemos o retorno exato no momento da aplicação, e taxas pós-fixadas, que são atreladas a um índice (normalmente o CDI). Em caso de baixa da taxa de juros, você pode passar a ganhar menos nos seus investimentos, sendo necessária uma renegociação do financiamento. Em caso de alta, você poderá ser beneficiado. A diferença entre a rentabilidade dos seus investimentos e a taxa paga no financiamento, irá definir se vale a pena ou não investir esses recursos.

Um abraço e lembre-se, “Disciplina hoje é tranquilidade no futuro”

Guilherme Kolberg é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). 

As respostas refletem as opiniões do autor. O IBCPF e o Infomoney não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações.

Perguntas devem ser encaminhadas para onde_investir@infomoney.com.br