Juntei R$ 30 mil e agora quero saber qual a melhor aplicação

Caio César Rocha Rosestolato, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF, responde a pergunta de leitor do InfoMoney

Equipe InfoMoney

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Pergunta:

Economizei durante alguns anos e consegui juntar R$ 30 mil, mas não sei onde investir. Vi que a poupança nao está rendendo bem. Que outra aplicação de médio ou longo prazo me indicam?

Leitor: Humerto

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Resposta de Caio César Rocha Rosestolato, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF:

Humberto, um dos grandes desafios para o planejador financeiro na hora de sugerir uma alocação para o cliente é a aderência da carteira aos objetivos/perfil do investidor. Às vezes uma oscilação de carteira para você é percebida de forma diferente para outro investidor. Considerando apenas as informações apresentadas que são: valor do investimento, prazo e a alternativa relacionado à popança (investimento conservador), sugiro as seguintes alocações em títulos públicos:

1. Selic/CDI: Investimentos pós-fixados que vão acompanhar a taxa de juros ao longo dos anos da aplicação, como por exemplo, a LFT que possui uma rentabilidade atrelada a taxa SELIC.

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2. Inflação: aplicações em títulos que pagam juros com base nas variações de indicadores de inflação, como por exemplo, as NTN-B que possuem remuneração atrelada ao IPCA e pagam rendimentos semestrais.

3. Pré-fixado: Nas aplicações em títulos pré-fixados você sabe exatamente o rendimento anual no momento da aplicação, uma alternativa são as NTN-F ou LTN.

Lembrando que todas as aplicações devem ser levadas até o vencimento para garantir a rentabilidade e você deve estar atento aos custos de transação e custódia para não comprometer sua rentabilidade.

Você que possui um horizonte de investimentos longo, dependendo da sua idade, considere aplicações em investimentos um pouco mais agressivos que podem auferir maiores rentabilidades para uma parte do seu portfolio, por exemplo, a renda variável através de fundos de investimentos (devido ao valor pode não ser viável montar uma carteira própria devido aos custos) que possuem uma carteira defensiva, focada no pagamento de dividendos, com taxa de administração baixa. Pesquise os diversos fundos e sua rentabilidade história em relação ao benchmark (geralmente IBOVESPA).

Caio César Rocha Rosestolato é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). 

As respostas refletem as opiniões do autor. O IBCPF e o Infomoney não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações. Perguntas devem ser encaminhadas para onde_investir@infomoney.com.br

Prezado Hildebrand, 

Pouco a pouco é possível ver mudanças significativas no perfil de investimento dos brasileiros. Percebemos, por exemplo, o crescimento do numero de jovens que estão disponibilizando parte de sua renda para se planejar financeiramente para a sua aposentadoria. É um movimento que tende a crescer cada vez mais ao longo dos próximos anos, especialmente com a educação financeira em curso em nossa sociedade. 

 Sua iniciativa é digna de receber elogios e servir de exemplo a outros tantos… 

 Como seu planejamento para esse investimento tem um horizonte de 15 anos algumas observações importantes devem ser feitas. Em uma simulação com um investimento inicial de R$ 10.000 e aplicações regulares de R$ 500, com uma rentabilidade anual de 10%, atingiremos após 15 anos um capital de R$ 242.583, sem considerar a inflação no período. Com esse capital investido é possível viver com uma renda de aproximadamente R$ 2 mil/mês, complementando a sua aposentadoria. No entanto, a pergunta magica é como atingir essa rentabilidade para um baixo risco no investimento. 

 Com as informações presentes não é possível identificar qual o seu perfil de investidor, onde seria possível identificar o quanto de risco você esta propenso a aceitar em sua carteira de investimentos (para saber o seu perfil de investidor é aconselhável buscar sua instituição financeira e responder ao questionário “Suitability”). No entanto, podemos considerar que você segue o padrão brasileiro de conservadorismo em seus investimentos, bastante carregado de “renda fixa” , mas propenso a conhecer novos produtos para pequenos investimentos. 

 Sugiro, para você superar a rentabilidade apresentada na simulação, que divida seu patrimônio em 2 partes. 

 A primeira parte é separar R$ 5 mil inicial e 80% de suas aplicações regulares para um fundo de renda fixa com credito privado que supere consistentemente 100% do CDI. Muitos fundos conseguem superar esse benchmark, e possuem aplicações inicias bastante acessíveis. Prefira esse investimento as NTN-Bs e a sua aplicação em imóveis. 

 Para os outros R$ 5 mil iniciais, e 20 % de suas aplicações mensais (R$100,00), podemos ser um pouco mais arrojados, buscando atingir uma rentabilidade superior do que a renda fixa. Como sua disponibilidade atual é pequena para ser investida diretamente em ações (coma na sua atual carteira de ações de Vale e Itau), uma excelente alternativa são os fundos de ações. 

 Os fundos de ações são, para a grande maioria dos investidores, a melhor alternativa para seus investimentos em renda variável. Apresentam vantagens como liquidez, diversificação e uma gestão profissionalizadas dos seus investimentos. Com ele você estará bem atendido para atingir sua meta de longo prazo na aposentadoria. Procure gestoras com comprovada competência em sua equipe de analise, e fundos de ações que sejam considerados “Ibovespa ativo”, com a intenção de superar o bechmark. Prefira esses as ações propriamente ditas. 

 E lembre-se: o resultado do seu sucesso financeiro também depende de você! 

 *Fabiano Pessanha, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF