Como investir R$ 200 por mês para ganhar mais, com um pouco de risco?

Ricardo Gomes, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF, responde a pergunta de leitor do InfoMoney

Equipe InfoMoney

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Pergunta:

Gostaria de saber: onde posso investir R$ 200,00 mensais? Já invisto um pouco na poupança, porém quero ampliar meus horizontes de investimento aceitando correr algum risco.

Leitor: Rodolfo

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Resposta de Ricardo Gomes, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF:

Olá Rodolfo

Parabéns pelo seu esforço de poupar. Com o tempo e planejamento financeiro, você conseguirá poupar cada vez mais.

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Há hoje muitas opções de investimentos para aportes mensais baixos. Desde a poupança até fundos de investimento em ações. O problema sempre é o custo e/ou o baixo rendimento. Via de regra, fundos com valores baixos de investimento tendem a ter um número muito grande de cotistas o que eleva os custos do gestor que é repassado em forma de taxas de administração mais altas. Ou a remuneração paga por um CDB de pequeno valor tenderá a ser baixa, as vezes menor do que a poupança, após descontar o IR. Deve-se buscar opções também através de corretoras independentes de bancos onde custos como custódia e negociação são menores, mas não se pode esquecer do custo de transferir o dinheiro (via DOC/TED) para a corretora.

No Tesouro Direto, com o menor risco de crédito e liquidez, usando a compra programada que permite comprar a partir de 1% do valor de face de um título público (algo entre R$ 6,00 e R$ 60,00 conforme o papel), é possível adquirir papéis com diferentes formas de rentabilidade fixa (Selic, Pré-fixada e IPCA+Pré) tendo assim diferentes graus de risco de mercado.

Na renda variável, os fundos mais baratos (ou seja, com menor taxa de administração) são os ETFs. São fundos passivos, ou seja, procuram seguir algum índice de referência de mercado (Ibovespa, IDiv, ISE, etc). Suas cotas são negociadas em bolsa por valores em torno de R$ 40,00 conforme o fundo.

Mas antes de decidir qual opção escolher, lembre-se que o prazo e risco do investimento tem que ser adequado ao objetivo futuro deste investimento. Ou seja, se seu objetivo com esta poupança mensal é para a aposentadoria daqui 20 ou 30 anos, vale correr mais risco de mercado (renda variável ou inflação, por exemplo) mas se é um objetivo de prazo mais curto, para 2 ou 3 anos por exemplo, busque opções com menor volatilidade e prazos mais curtos.

Ricardo Gomes é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). 

As respostas refletem as opiniões do autor. O IBCPF e o Infomoney não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações. Perguntas devem ser encaminhadas para onde_investir@infomoney.com.br

Prezado Hildebrand, 

Pouco a pouco é possível ver mudanças significativas no perfil de investimento dos brasileiros. Percebemos, por exemplo, o crescimento do numero de jovens que estão disponibilizando parte de sua renda para se planejar financeiramente para a sua aposentadoria. É um movimento que tende a crescer cada vez mais ao longo dos próximos anos, especialmente com a educação financeira em curso em nossa sociedade. 

 Sua iniciativa é digna de receber elogios e servir de exemplo a outros tantos… 

 Como seu planejamento para esse investimento tem um horizonte de 15 anos algumas observações importantes devem ser feitas. Em uma simulação com um investimento inicial de R$ 10.000 e aplicações regulares de R$ 500, com uma rentabilidade anual de 10%, atingiremos após 15 anos um capital de R$ 242.583, sem considerar a inflação no período. Com esse capital investido é possível viver com uma renda de aproximadamente R$ 2 mil/mês, complementando a sua aposentadoria. No entanto, a pergunta magica é como atingir essa rentabilidade para um baixo risco no investimento. 

 Com as informações presentes não é possível identificar qual o seu perfil de investidor, onde seria possível identificar o quanto de risco você esta propenso a aceitar em sua carteira de investimentos (para saber o seu perfil de investidor é aconselhável buscar sua instituição financeira e responder ao questionário “Suitability”). No entanto, podemos considerar que você segue o padrão brasileiro de conservadorismo em seus investimentos, bastante carregado de “renda fixa” , mas propenso a conhecer novos produtos para pequenos investimentos. 

 Sugiro, para você superar a rentabilidade apresentada na simulação, que divida seu patrimônio em 2 partes. 

 A primeira parte é separar R$ 5 mil inicial e 80% de suas aplicações regulares para um fundo de renda fixa com credito privado que supere consistentemente 100% do CDI. Muitos fundos conseguem superar esse benchmark, e possuem aplicações inicias bastante acessíveis. Prefira esse investimento as NTN-Bs e a sua aplicação em imóveis. 

 Para os outros R$ 5 mil iniciais, e 20 % de suas aplicações mensais (R$100,00), podemos ser um pouco mais arrojados, buscando atingir uma rentabilidade superior do que a renda fixa. Como sua disponibilidade atual é pequena para ser investida diretamente em ações (coma na sua atual carteira de ações de Vale e Itau), uma excelente alternativa são os fundos de ações. 

 Os fundos de ações são, para a grande maioria dos investidores, a melhor alternativa para seus investimentos em renda variável. Apresentam vantagens como liquidez, diversificação e uma gestão profissionalizadas dos seus investimentos. Com ele você estará bem atendido para atingir sua meta de longo prazo na aposentadoria. Procure gestoras com comprovada competência em sua equipe de analise, e fundos de ações que sejam considerados “Ibovespa ativo”, com a intenção de superar o bechmark. Prefira esses as ações propriamente ditas. 

 E lembre-se: o resultado do seu sucesso financeiro também depende de você! 

 *Fabiano Pessanha, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF