Meu marido faleceu e tenho 2 filhas pequenas; como proteger nosso patrimônio?

Vilma Nascimento Passos, CFP, planejadora financeira certificada pelo IBCPF, responde a pergunta de leitora do InfoMoney

Equipe InfoMoney

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Pergunta:

Tenho 35 anos, duas filhas (uma com três anos e uma com um ano), e recebi um seguro pelo falecimento do meu marido, além de ter um imóvel à venda por R$ 320 mil.

Assim que conseguir vender meu imóvel, terei a quantia aproximada de R$ 600 mil. Preciso muito de uma orientação de como investir esse valor, para preservar a longo prazo um rendimento que me de segurança a criação das minhas filhas. Tenho o perfil conservador, trabalho e tenho renda do INSS pelo falecimento do meu esposo.

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Leitora: R.

Vilma Nascimento Passos, CFP, planejadora financeira certificada pelo IBCPF:

Como suas filhas tem idades de 3 a 1 ano respectivamente e pelo que entendi, seu objetivo é preservar o recurso a longo prazo de forma conservadora, desta forma segue minha sugestão :

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Inicialmente dividiria o recurso em 3 tranches:

A primeira, investiria em papeis de do Tesouro nacional – NTN-B Principal, que paga uma taxa pré-fixada+ variação da Inflação (IPCA); papeis mais longos com vencimento em 2024/2025.

Esta parcela seria especificamente para a estratégia de longo prazo com proteção de inflação; estes papeis podem sofrer oscilações com relação ao preço de mercado no curto prazo, mas você carregando até o final , receberá exatamente o que foi negociado; outro ponto importante neste papel é a eficiência tributária, porque acumula juros e principal até o final do vencimento, gerando também ganho de capitalização financeira (ganho de juros sob juros).

Tivemos nos últimos meses uma abertura significativa nas curvas de juros, o que deixou estes papeis com remunerações bem atraentes.

A segunda parcela de médio prazo, teríamos como objetivo acessar as Letras Financeiras; que são papeis de bancos com prazos de 2 a 5 anos. Trabalharia com prazo de 3 anos pós- fixado; a estratégia aqui é aproveitar o aumento da taxa de juros que esta ocorrendo neste momento.

A Terceira e ultima parcela, seria destinada ao recurso de curto prazo; sugestão aqui é fazer um mix entre produtos com isenção fiscal para o investidor pessoa física que são as LCA/LCI ( Letra de crédito agrário e imobiliário) e que via de regra possuem carência de 180 dias e também aplicar um valor de reserva em Fundos DI de liquidez imediata, para suprir alguma necessidade emergencial que você possa ter.

Vilma Nascimento Passos é planejadora financeira pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). 

As respostas refletem as opiniões do autor. O IBCPF e o Infomoney não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações. Perguntas devem ser encaminhadas para onde_investir@infomoney.com.br

Prezado Hildebrand, 

Pouco a pouco é possível ver mudanças significativas no perfil de investimento dos brasileiros. Percebemos, por exemplo, o crescimento do numero de jovens que estão disponibilizando parte de sua renda para se planejar financeiramente para a sua aposentadoria. É um movimento que tende a crescer cada vez mais ao longo dos próximos anos, especialmente com a educação financeira em curso em nossa sociedade. 

 Sua iniciativa é digna de receber elogios e servir de exemplo a outros tantos…

 Como seu planejamento para esse investimento tem um horizonte de 15 anos algumas observações importantes devem ser feitas. Em uma simulação com um investimento inicial de R$ 10.000 e aplicações regulares de R$ 500, com uma rentabilidade anual de 10%, atingiremos após 15 anos um capital de R$ 242.583, sem considerar a inflação no período. Com esse capital investido é possível viver com uma renda de aproximadamente R$ 2 mil/mês, complementando a sua aposentadoria. No entanto, a pergunta magica é como atingir essa rentabilidade para um baixo risco no investimento.

 Com as informações presentes não é possível identificar qual o seu perfil de investidor, onde seria possível identificar o quanto de risco você esta propenso a aceitar em sua carteira de investimentos (para saber o seu perfil de investidor é aconselhável buscar sua instituição financeira e responder ao questionário “Suitability”). No entanto, podemos considerar que você segue o padrão brasileiro de conservadorismo em seus investimentos, bastante carregado de “renda fixa” , mas propenso a conhecer novos produtos para pequenos investimentos.

 Sugiro, para você superar a rentabilidade apresentada na simulação, que divida seu patrimônio em 2 partes.

 A primeira parte é separar R$ 5 mil inicial e 80% de suas aplicações regulares para um fundo de renda fixa com credito privado que supere consistentemente 100% do CDI. Muitos fundos conseguem superar esse benchmark, e possuem aplicações inicias bastante acessíveis. Prefira esse investimento as NTN-Bs e a sua aplicação em imóveis.

 Para os outros R$ 5 mil iniciais, e 20 % de suas aplicações mensais (R$100,00), podemos ser um pouco mais arrojados, buscando atingir uma rentabilidade superior do que a renda fixa. Como sua disponibilidade atual é pequena para ser investida diretamente em ações (coma na sua atual carteira de ações de Vale e Itau), uma excelente alternativa são os fundos de ações.

 Os fundos de ações são, para a grande maioria dos investidores, a melhor alternativa para seus investimentos em renda variável. Apresentam vantagens como liquidez, diversificação e uma gestão profissionalizadas dos seus investimentos. Com ele você estará bem atendido para atingir sua meta de longo prazo na aposentadoria. Procure gestoras com comprovada competência em sua equipe de analise, e fundos de ações que sejam considerados “Ibovespa ativo”, com a intenção de superar o bechmark. Prefira esses as ações propriamente ditas.

 E lembre-se: o resultado do seu sucesso financeiro também depende de você!

 *Fabiano Pessanha, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF