Qual o melhor investimento para dar entrada na minha casa?

Maria Angela Nunes, CFP, planejadora financeira certificada pelo IBCPF, responde a pergunta de leitor do InfoMoney

Equipe InfoMoney

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Pergunta:

Tenho 28 anos, sou casado a um ano e pretendo comprar minha casa própria. Atualmente não pago aluguel e consigo poupar R$ 1.500 por mês. Creio que uma entrada significativa seja o valor de R$ 50.000 para um financiamento ou como lance para um consórcio imobiliário.

Quanto por mês e onde tenho que investir para atingir esse capital? Pretendo adicionar R$ 5.000 por ano oriundos de férias e outras fontes. Está correta a minha estratégia?

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Leitor: Caio

Maria Angela Nunes, CFP, planejadora financeira certificada pelo IBCPF:

A estratégia de se programar e fazer um esforço de poupança mensal para se atingir objetivos é excelente.

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O fato de você hoje não precisar pagar aluguel e com isso ter uma capacidade de poupança mensal maior, é um benefício muito significativo, pois permite que você crie uma reserva financeira para a aquisição da casa própria, reduzindo o valor do financiamento ou da carta de crédito do consórcio.

Quanto menor for o valor do financiamento/carta de crédito melhor, pois os dois instrumentos têm custos, sendo, normalmente, o financiamento o mais caro entre os dois.

Portanto, quanto mais você conseguir poupar para esse objetivo melhor.

Quanto ao prazo que você terá que esperar para atingir os R$ 50Mil, com aplicações de R$ 1.500,00 por mês.

Pelo objetivo definido, compra de um imóvel, os recursos deveriam ser direcionados para aplicações mais conservadores. Se, além disso, considerarmos o volume de recursos que você tem para aplicar mensalmente, as opções de investimento ficam mais limitadas, entre poupança ou fundos DI, por exemplo (sendo que no caso dos fundos as taxas de administração, provavelmente, não serão baixas).

Com base nas taxas de juros atuais e considerando-se a poupança como a opção de investimento, se você aplicar R$ 1.500,00 mensais, sem nenhum valor adicional oriundo de outras fontes, serão necessários em torno e 31 meses para você atingir os R$ 50.000,00 no futuro.

Considerando-se o seu esforço adicional de R$ 5.000,00, esse prazo reduz-se para 28 meses.

Vale lembrar que R$ 50.000,00 daqui a 28 ou 31 meses não terão o mesmo poder de compra de hoje, portanto, o ideal é que você aumente, sempre que possível, o valor mensal a ser poupado.

Maria Angela Nunes é planejadora financeira pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). 

As respostas refletem as opiniões do autor. O IBCPF e o Infomoney não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações. Perguntas devem ser encaminhadas para onde_investir@infomoney.com.br

Prezado Hildebrand, 

Pouco a pouco é possível ver mudanças significativas no perfil de investimento dos brasileiros. Percebemos, por exemplo, o crescimento do numero de jovens que estão disponibilizando parte de sua renda para se planejar financeiramente para a sua aposentadoria. É um movimento que tende a crescer cada vez mais ao longo dos próximos anos, especialmente com a educação financeira em curso em nossa sociedade. 

 Sua iniciativa é digna de receber elogios e servir de exemplo a outros tantos…

 Como seu planejamento para esse investimento tem um horizonte de 15 anos algumas observações importantes devem ser feitas. Em uma simulação com um investimento inicial de R$ 10.000 e aplicações regulares de R$ 500, com uma rentabilidade anual de 10%, atingiremos após 15 anos um capital de R$ 242.583, sem considerar a inflação no período. Com esse capital investido é possível viver com uma renda de aproximadamente R$ 2 mil/mês, complementando a sua aposentadoria. No entanto, a pergunta magica é como atingir essa rentabilidade para um baixo risco no investimento.

 Com as informações presentes não é possível identificar qual o seu perfil de investidor, onde seria possível identificar o quanto de risco você esta propenso a aceitar em sua carteira de investimentos (para saber o seu perfil de investidor é aconselhável buscar sua instituição financeira e responder ao questionário “Suitability”). No entanto, podemos considerar que você segue o padrão brasileiro de conservadorismo em seus investimentos, bastante carregado de “renda fixa” , mas propenso a conhecer novos produtos para pequenos investimentos.

 Sugiro, para você superar a rentabilidade apresentada na simulação, que divida seu patrimônio em 2 partes.

 A primeira parte é separar R$ 5 mil inicial e 80% de suas aplicações regulares para um fundo de renda fixa com credito privado que supere consistentemente 100% do CDI. Muitos fundos conseguem superar esse benchmark, e possuem aplicações inicias bastante acessíveis. Prefira esse investimento as NTN-Bs e a sua aplicação em imóveis.

 Para os outros R$ 5 mil iniciais, e 20 % de suas aplicações mensais (R$100,00), podemos ser um pouco mais arrojados, buscando atingir uma rentabilidade superior do que a renda fixa. Como sua disponibilidade atual é pequena para ser investida diretamente em ações (coma na sua atual carteira de ações de Vale e Itau), uma excelente alternativa são os fundos de ações.

 Os fundos de ações são, para a grande maioria dos investidores, a melhor alternativa para seus investimentos em renda variável. Apresentam vantagens como liquidez, diversificação e uma gestão profissionalizadas dos seus investimentos. Com ele você estará bem atendido para atingir sua meta de longo prazo na aposentadoria. Procure gestoras com comprovada competência em sua equipe de analise, e fundos de ações que sejam considerados “Ibovespa ativo”, com a intenção de superar o bechmark. Prefira esses as ações propriamente ditas.

 E lembre-se: o resultado do seu sucesso financeiro também depende de você!

 *Fabiano Pessanha, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF