Estou na dúvida entre investir em CDB pré ou pós fixado; qual o melhor?

Fábio Marques, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF, responde a pergunta de leitor do InfoMoney

Equipe InfoMoney

Publicidade

Pergunta:

Tenho 23 anos e um capital R$ 3.500 estou pensando em investir CDB prefixado ou pós-fixado. Qual seria melhor? Penso em investir no período de um ano, tenho outras opções?

Leitor: Bruno Carlos

Oferta Exclusiva para Novos Clientes

CDB 230% do CDI

Destrave o seu acesso ao investimento que rende mais que o dobro da poupança e ganhe um presente exclusivo do InfoMoney

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Resposta de Fábio Marques, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF:

Olá, Bruno,

Antes de optarmos entre investir em um CDB pré ou pós fixado é necessário termos a correta compreensão dos ativos aqui citados e do ambiente macroeconômico no qual estamos inseridos.

Continua depois da publicidade

Um Certificado de Depósito Bancário nada mais é que um produto utilizado pelos bancos para captar recursos que serão emprestados a outros clientes. Você não aceitaria deixar seu dinheiro com terceiros sem ser remunerado por isso, correto? Então o banco ao tomar seu dinheiro lhe paga uma taxa sobre o volume que você aceitou emprestar.

No CDB o investidor assume o risco de crédito do emissor, e a maioria das instituições financeiras correlaciona as taxas pagas em função do volume e prazo das aplicações.

Um CDB pós fixado remunerará ao investidor uma taxa percentual sobre uma taxa de referência. No geral utiliza-se o CDI (taxa utilizada para empréstimo de recursos entre bancos) e só saberemos o retorno da aplicação no vencimento do título.

Já no CDB pré fixado o investidor ao definir o prazo conhece a taxa que irá receber, e consequentemente o retorno que seu investimento irá proporcionar, no momento da aplicação.

Agora que conseguimos diferenciá-los vamos analisar o atual cenário macroeconômico. É fato que aplicações em renda fixa são boas opções em ambientes de aumento de juros, e as projeções atuais nos mostram que poderemos ter novos ajustes da taxa SELIC para conter um inflação que deve continuar superando o teto da meta em 2014. Para investidores que acreditam num choque ainda maior de juros aplicações pós fixadas são recomendadas, pois se a taxa básica de juros da economia continuar subindo o retorno de seu investimento acompanhará essa oscilação. Se a aposta é de uma manutenção e possível queda da taxa em questão, travar uma taxa no pré fixado é a melhor alternativa.

De qualquer forma, o grau de incerteza quanto a capacidade do governo conter a inflação e a aversão do investidor ao risco dos países emergentes, como o Brasil, fez com que os que títulos pré fixados fossem precificados a taxas bem atrativas. Apesar do risco das taxas subirem ainda mais, títulos pré fixados com prazos mais curtos tem sido bastante procurados no mercado.

No seu caso, uma alternativa seriam as LFTs – Títulos Públicos pós fixados corrigidos pela SELIC, que podem ser adquiridos via tesouro direto a partir de R$30,00. Esses títulos, além se serem de baixíssimo risco, permitem a liquidação todas as quartas feiras. Lembre-se que será necessário abrir uma conta em uma corretora de valores. Pesquise bem antes de começar a investir o seu dinheiro pois os valores cobrados pelas corretoras variam bastante, e um custo mais alto prejudicará diretamente o retorno de suas aplicações.

Um abraço e bons investimentos!

Fábio Marques é planejador financeiro pessoal e possui a certificação CFP® (Certified Financial Planner), concedida pelo Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF). 

As respostas refletem as opiniões do autor. O IBCPF e o Infomoney não se responsabilizam pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso destas informações. Perguntas devem ser encaminhadas para onde_investir@infomoney.com.br

Prezado Hildebrand, 

Pouco a pouco é possível ver mudanças significativas no perfil de investimento dos brasileiros. Percebemos, por exemplo, o crescimento do numero de jovens que estão disponibilizando parte de sua renda para se planejar financeiramente para a sua aposentadoria. É um movimento que tende a crescer cada vez mais ao longo dos próximos anos, especialmente com a educação financeira em curso em nossa sociedade. 

 Sua iniciativa é digna de receber elogios e servir de exemplo a outros tantos… 

 Como seu planejamento para esse investimento tem um horizonte de 15 anos algumas observações importantes devem ser feitas. Em uma simulação com um investimento inicial de R$ 10.000 e aplicações regulares de R$ 500, com uma rentabilidade anual de 10%, atingiremos após 15 anos um capital de R$ 242.583, sem considerar a inflação no período. Com esse capital investido é possível viver com uma renda de aproximadamente R$ 2 mil/mês, complementando a sua aposentadoria. No entanto, a pergunta magica é como atingir essa rentabilidade para um baixo risco no investimento. 

 Com as informações presentes não é possível identificar qual o seu perfil de investidor, onde seria possível identificar o quanto de risco você esta propenso a aceitar em sua carteira de investimentos (para saber o seu perfil de investidor é aconselhável buscar sua instituição financeira e responder ao questionário “Suitability”). No entanto, podemos considerar que você segue o padrão brasileiro de conservadorismo em seus investimentos, bastante carregado de “renda fixa” , mas propenso a conhecer novos produtos para pequenos investimentos. 

 Sugiro, para você superar a rentabilidade apresentada na simulação, que divida seu patrimônio em 2 partes. 

 A primeira parte é separar R$ 5 mil inicial e 80% de suas aplicações regulares para um fundo de renda fixa com credito privado que supere consistentemente 100% do CDI. Muitos fundos conseguem superar esse benchmark, e possuem aplicações inicias bastante acessíveis. Prefira esse investimento as NTN-Bs e a sua aplicação em imóveis. 

 Para os outros R$ 5 mil iniciais, e 20 % de suas aplicações mensais (R$100,00), podemos ser um pouco mais arrojados, buscando atingir uma rentabilidade superior do que a renda fixa. Como sua disponibilidade atual é pequena para ser investida diretamente em ações (coma na sua atual carteira de ações de Vale e Itau), uma excelente alternativa são os fundos de ações. 

 Os fundos de ações são, para a grande maioria dos investidores, a melhor alternativa para seus investimentos em renda variável. Apresentam vantagens como liquidez, diversificação e uma gestão profissionalizadas dos seus investimentos. Com ele você estará bem atendido para atingir sua meta de longo prazo na aposentadoria. Procure gestoras com comprovada competência em sua equipe de analise, e fundos de ações que sejam considerados “Ibovespa ativo”, com a intenção de superar o bechmark. Prefira esses as ações propriamente ditas. 

 E lembre-se: o resultado do seu sucesso financeiro também depende de você! 

 *Fabiano Pessanha, CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF