Bolsa em 90 mil pontos é mais arriscada que NTN-B em 5%; veja entrevista completa

 Luiz Eduardo Portella, diretor da Modal Asset, foi o entrevistado do programa Papo com Gestor da última semana?

Weruska Goeking

Publicidade

SÃO PAULO – O otimismo com o mercado brasileiro marca a estratégia de investimento para 2018 dos fundos da Modal Asset, que somam R$ 1,7 bilhão em patrimônio e estão sob a responsabilidade de Luiz Eduardo Portella, diretor da Modal Asset. 

No entanto, o elevado patamar do Ibovespa, enquanto os juros futuros de longo prazo seguem em alta, inspira certa cautela. “Olhando para o ano, Bolsa em 90 mil pontos está mais arriscada que NTN-B a 5%. Como tivemos rali muito grande, se tiver alguma coisa que dê errado ou a volatilidade via eleição, acho que a NTN-B sofre pouco no preço e a Bolsa pode ter uma realização mais forte”, disse Portella em entrevista no programa Papo com Gestor disponível desde quinta-feira (1).

Segundo Portella, após as seguidas máximas alcançadas, o Ibovespa “tem menos espaço para subir e mais espaço para cair” no médio prazo.

Aula Gratuita

Os Princípios da Riqueza

Thiago Godoy, o Papai Financeiro, desvenda os segredos dos maiores investidores do mundo nesta aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Entre os fundos que estão sob sua gestão está o Modal Tactical, que acumula ganhos de 3,74% em 2018, o equivalente a 374% do CDI no período. Ainda compõem o portfólio, o fundo Modal Eagle (2,21%, ou 221% do CDI neste ano), o Modal Institucional (1,66%, ou 166% do CDI), o fundo Modal Tactical (3,74%,374% do CDI) e o Modal XP Icatu Previdência (1,50%, ou 150% do CDI)

Confira a transcrição da entrevista exibida na semana passada:

Conte um pouco de sua trajetória na Modal

Comecei como estagiário no Banco Modal. Fui para a tesouraria do Banco Modal, iniciando a carreira como trader de juros, de renda fixa. Fui crescendo, evoluindo e ganhando mais responsabilidade. Eu entrei em 2002 como estagiário e fui rodando algumas áreas, batalhando, fazendo um pouco de tudo, Cheguei na Tesouraria no final do ano e iniciei a carreira como trader junior de renda fixa. Fui crescendo, evoluindo e em 2010 virei sócio do Banco Modal e assumi como tesoureiro responsável de todo o dinheiro do Banco.

Como tínhamos um histórico muito forte da tesouraria do Modal, a diretoria me convidou em 2012 a assumir a gestão da Modal Asset. Trouxemos todo o risco do dinheiro do banco dos sócios para dentro da Asset, para dar um passo além do ‘chinese wall’. É a trajetória de sucesso de quem entrou estagiário, virou sócio e agora tem esse desafio de, não só assumir a gestão da proprietária, como de terceiros.

É uma experiência muito boa, estou desde de 2012 nesses mundo de asset management, que é bem diferente do mundo de tesouraria. Já estou há quase 6 anos em um mundo de asset, já entendi o quão importante é a cota mensal.

Falando um pouco das pessoas da equipe, são 14 pessoas exclusivamente focadas na gestão, com três portfólio managers – gestores principais -, mais três traders embaixo de cada gestor, cada um com sua especialidade – um focando em renda fixa, outro em moedas internacionais, outro em renda variável.

Temos gestor de risco, com uma equipe forte monitorando todos os controles dos fundos. Temos controle muito rígido para não deixar entregar o ganho acumulado que tivemos. Prezamos muito pelo controle de risco na Modal Asset. Temos uma equipe de macro muito forte, com um economista focado em mercado internacional, outro focado em Brasil e outro economista só focado em inflação.

É importante acompanhar inflação de perto para ver as oportunidades no mercado de renda fixa, principalmente. Além de toda a equipe de apoio, gerencial, parte comercial que dá apoio para a Modal Asset. É uma estrutura enxuta, mas suficiente para o nosso tamanho atual.

Quer investir nos fundos da Modal Asset? Clique aqui e abra a sua conta na XP 

Desde o julgamento de Lula o risco político diminuiu, mas temos o risco dos juros dos Estados Unidos. Como estão monitorando esses eventos e essa turbulência – e até alguns momentos de pânico – que temos vivido no mercado internacional?
O evento do Lula foi muito importante para tirar um dos riscos de cauda deste ano. Além do Lula, teve um novo componente que é o Bolsonaro ter feito uma parceria com o Paulo Guedes, que é um economista respeitado pelo mercado. Você acaba tirando mais um risco de cauda, olhando para as eleições, se teremos um ambiente pró reformas ou não. Em relação ao mercado internacional, nesse início do ano, fevereiro foi mais conturbado, não estávamos acostumado com a volatilidade devido ao último ano e meio, em que voltamos para um ambiente um pouco mais saudável, mais normal.

Começou uma queda em função dos números mais fortes da economia americana, número de salário um pouco mais forte que o esperado, comunicado do banco central americaio um pouquinho mais forte. Teve um fator, um componente técnico muito importante: quando está em períodos de baixa volatilidade, o mercado sempre tenta criar alguns produtos para tentar alavancar o retorno e foi criado um produto vendido em volatilidade na bolsa americana que ocasionou, com a queda bolsa, um movimento de stop muito grande que acentuou o movimento, que podia ser queda de 3% apenas, e foi quase 11% de queda, mas acho que passamos um pouco por esse movimento técnico.

Os fundos zeraram as posições e agora acho que dá para voltar a olhar para o fundamento da economia americana e da economia global que segue muito positivo. O mundo todo está brigando para conseguir te inflação de volta, estamos conseguindo ter inflação e acho que no momento isso não é um risco.

O Fed, se em vez de subir 3 forem 4 altas no ano, claro que tem uma reprecificação dos ativos, os juros americanos, os juros de 10 anos – principalmente – que estava em 2,30% chegou perto de 3%. Claro que tem uma correção dos mercados emergentes, mas o importante para o mercado emergente e para o Brasil em especial é: qual é o novo equilíbrio? Estamos num novo equilibrio? O novo equilibrio dos juros é ao redor de 3%? Se for esse o novo equilibrio conseguimos acompanhar os fundamentos de outros mercados e outros ativos.

O principal é: o fluxo para emergentes vai continuar. Logo depois da crise de 2008, os Estados Unidos foram a primeira economia a retomar uma trajetória de crescimento e só agora estamos vendo o resto do mundo, com Europa e emergentes voltando a acelerar o crescimento.

Temos 5 anos de saída de dinheiro de megerntes da Europa e indo para os Estados Unidos e agora esse fliuxo está começando a voltar. Acho que é um fluxo que, por mais que estejamos acompanhando recordes de entrada para o mercado emergentes, quando olha o nível, estamos muito longe de onde estava em 2007/2008, logo antes da crise. Temos um fluxo externo a favor que vai continuar.

Nesse momento política de juros dos Estados Unidos é um fator a monitorar, mas não chega a ser um fator de tendência de reversão do mercado brasileiro?

Por enquanto, não. Parece que estabilizamos. Hoje tivemos o discurso do Jeremy Powell, novo presidente do Fed, que estava sendo muito bem aguardado. Ele frisou muito o fato de que fez uma transição junto com a Janet Yellen de gradualismo, então vai seguir a mesma política. Acho que eles vão querer ver a inflação crescendo um pouquinho acima de 2%, talvez 2,5%, para aí pensar em mudar a política de atuação do Fed. É importante monitorar, porque sabemos que toda crise, quando o banco central começa a apertar os juros, em determinado momento começa a entrar em recessão.

Nenhuma vemos mudança brusca no momento. É claro que temos que monitorar os dados. Se o salário continuar acelerando, se a inflação começar a incomodar, começar a subir rapidamente para em torno de 2,5%, o Fed terá que mudar a postura, subir mais rápido e vai acabar prejudicando o crescimento da economia americana e, consequentemente, afetar o resto do mundo.

Como essa mudança de ritmo na alta de juros, ficando acima de 3%, poderia impactar preço de bolsa brasileira ou ficaria restrito aos índices norte-americanos?

Temos que monitorar os juros longos nos Estados Unidos, em especial onde será o equilíbrio, a taxa neutra norte-americana. Hoje em dia a discussão é ao redor de 3% então o mercado de juros já foi para esses 3%. Se começar a ter discussão que o novo juros é 3,5% a 4%, poderemos ver um cenário de realização, principalmente puxada pela bolsa americana que teve um rali muito expressivo desde 2009.

E não é só isso. Estamos em um mundo com muito estímulo de todos os bancos centrais. Quando você soma o banco central americano, o europeu e o japonês, são em torno de US$ 14 trilhões de estímulos acumulados. O banco central americano já começou a reduzir, o banco central europeu anunciou que até o final desse ano vai começar a reduzir esse estímulo. Quando o banco central japones, talvez ano que vem, começar a reduzir também, teremos um ambiente com liquidez ficando um pouco mais restritiva.  Por outro lado, teremos economia global mais forte, com mais crescimento. Tem que ver se esse equilíbrio vai ficar mais forte ou não.

Temos que estar sempre monitorando. Sabemos as variáveis que, se mudarem, poderão dar algum problema. Se esses estímulos ajudaram a colocar os preços de ativos onde estão, se começar a retirar pode ser que a gente inicie um processo mais longo de realização nos mercados. É importante observar o segundo semestre, quando o banco central europeu vai instalar a discussão sobre a retirada do estímulo. Será mais um grande banco central reduzindo um pouco a liquidez global.

O Ibovespa tem renovado suas máximas históricas , mas o gestor macro olha Bolsa e renda fixa, e a curva longa de juros não acompanhou esse rali. Muito disso se explica porque a Bolsa antecipa a recuperação das empresas e a curva longa reflete um pouco mais a situação fiscal. Passando para o lado prático, há uma oportunidade maior em renda fixa do que em Bolsa?

Iniciamos o ano olhando para o primeiro trimestre com uma agenda bem positiva. Achamos que teria agenda bem positiva com Brasil, com eleição ficando um pouco mais confortável com candidato de centro-direita e o cenário externo com fluxo para emergentes – que historicamente é sempre muito forte no início do ano e isso está se concretizando.

A partir do segundo trimeste, começaremos no âmbito internacional com a inflação subindo um pouco mais forte nos Estados Unidos, o que pode incomodar um pouco o ambiente global e começaremos a saber quem são os candidatos na eleição no Brasil.

Nossa estratégia é entrar o ano muito forte. Entramos o ano muito forte em Bolsa e vendido nos juros longos, via NTN-B e menor nos outros mercados. A estratégia é, no segundo trimestre, ter uma postura um pouco mais cautelosa. Tivemos um rali muito forte no início do ano.

Vamos começar a ver quem são os outsiders que vão se filiar. Vou dar um exemplo prático: todo mundo quer saber se o Joaquim Barbosa vai se filiar ou até se o Luciano Huck vai conseguir se filiar para ,lá na frente, ter a opção de concorrer ou não, e é aí que vamos começar a ver o jogo político começando mais fortemente.

Nesse momento, tenho a expectativa de estar com a Bolsa em 90 mil, 92 mil pontos, e já vai ser um grande rali. O mercado começando a olhar para eleição pode ser o momento para começar o período de realização do grande rali do início do ano. Esse ano será complciado, com um monte de feriados e Copa do Mundo. Acho que depois da Copa do Mundo vamos começar a ver as pesquisas valendo mais fortemente para traçar expectativa para as eleições. Ao mesmo tempo que vamos entrar no segundo semestre com o mundo com liquidez um pouco mais frágil, com mais um banco central começando a retirar liquidez.

Quando olhamos a carteira e a estratégia para o ano, teremos sempre um viés positivo para Brasil, acho que o cenário de eleição será positivo, mas um pouquinho mais defensivo – olhando para o mercado internacional. Esse é um ponto positivo de ser um fundo multimercado: você consegue traçar estratégias tanto em Bolsa como na renda fixa na parte longa e ter um hedge nos juros americanos, por exemplo, um outro ativo que achamos que pode proteger exposições locais.

Você mencionou a parte longa de juros. De fato, o momento do ciclo que estamos neste ano – de trajetória de crescimento – favorece a Bolsa via número de empresas que vão melhorar. Esse ano, pela primeira vez em vários anos, vamos ter crescimento superior aos juros real e isso é muito positivo para as empresas, que reduz custos e aumenta muito o lucro, e tem um ponto de fluxo também.

Estamos com a Bolsa vários anos perdendo valor, enquanto alguns outros mercados tiveram grande rali. Agora tivemos movimento de fluxo, não só global como local na Bolsa. Um exemplo bem prático para todo mundo de como o fluxo também é importante: pessoa física tem o dobro de contas abertas para comprar bitcoin em relação ao Ibovespa, então imagina quando pessoa física começar a olhar para a Bolsa. O Brasil vai dar certo e a Bolsa vai voltar a subir e o potencial de fluxo pode voltar para Bolsa.

E a parte longa não está conversando com esse rali da Bolsa. A última vez que a Bolsa chegou perto das máximas, a NTN-B 2050, por exemplo, estava na região bem mais baixa, um pouco abaixo de 4% e agora a Bolsa subiu muito mais, está quase 90 mil pontos e a NTN-B 2050 está acima de 5%.

Você não pode ter um cenário tão positivo para empresas do Brasil e juros de longo prazo em 5%. No final, talvez depois das eleições, veremos esse gap fechando, mas é natural. O momento favorece a Bolsa, os números de atividade estão mais fortes, a inflação segue baixa e o investidor estrangeiro está no menor patamar na divida que é alocada, saindo de 20% para 13%, então o fluxo está mais favorável para Bolsa, mas acredito que tem oportunidade boa. Estamos olhando para isso, estamos muito mais focados em Bolsaagora, estamos com uma posição na parte longa de NTN-B acreditando que ao longo do ano o cenário mais favorável para eleição veremos esse gap fechando.

Você vê oportunidade proporcional para Bolsa e juros futuros ou uma das duas apresenta oportunidade maior ou risco menor?

Olhando para o ano, Bolsa em 90 mil pontos está mais arriscada que NTN-B a 5%. Como tivemos rali muito grande, se tiver alguma coisa que dê errado ou a volatilidade via eleição, acho que a NTN-B sofre pouco no preço e a Bolsa pode ter uma realização mais forte. A Bolsa tem menos espaço para subir e mais espaço para cair, isso olhando horizonte de médio prazo, olhando as eleições. Passando as eleições os dois ativos vão performar muito bem. 

Gosto muito de olhar a Bolsaem dólar, que o máximo que a Bolsa atingiu foi US$ 50 mil, o que seria equivalente a 160 mil,170 mil pontos. Acho que tem espaço para atingir esse patamar ano que vem.

Vamos entrar num Brasil que nunca vivemos. Nunca vivemos em um país com juros de 1 dígito, juro real baixo, estável, sustentável e inflação baixa. Vamos ter mercado de capitais se movendo, teremos mercado de asset management, cenário para as empresas muito positivo e vamos viver em um país que sempre falou muito do país do futuro e talvez o futuro pode que chegue em 2019.

Vamos ter talvez mais 8 anos de um governo continuando as reformas que o país precisa. Acho que é um Brasil novo e que tem muito fluxo para vir para Bolsa e vai ter oportunidade na parte longa da curva. Claro que terá oportunidade, eleição sempre tem volatilidade e o cenário internacional também exige um pouco de atenção para ver até onde essa alta de inflação vai acomodar ou não.

Há um espaço para Selic cair mais 0,25 pp em março? Quanto tempo essa taxa se manterá em 1 dígito? O modelo do Banco Central “errou” em não projetar uma desaceleração tão forte da inflação que poderia propiciar queda mais forte dos juros anos passado?

Não foi só o modelo do Banco Central, o modelo do mercado em geral. Não imáginavamos essa forte queda de inércia da inflação. Acho que o componente principal, que todo mundo errou, foi que tivemos uma política econômica focada no mesmo objetivo. Temos o Banco Central e a Fazenda alinhados no mesmo objetivo

O fato de tirar o BNDES ofertando crédito pela metade do preço já conseguiu reduzir o nível de juros real fortemente. Quando você comparava o Brasil com outros emergentes, eles com juros baixos e inflação controlada e o Brasil sempre com juro muito alto, a grande diferença é que eles não tinham o BNDES ofertando metade do crédito da economia com juros subsidiados.

O trabalho que a equipe econômica fez de segurar os bancos públicos e o BNDES parar de ofertar crédito pela metade do preço, ajudou a quebrar a espinha da inflação. Está parecendo, por mais que o efeito máximo da queda de juros vá começar a bater na economia agora, que esse juro real de 3% não está sendo tão estimulativo assim para afetar a inflação.

De fato, está todo mundo revisando a inflação de 2018 para baixo, inclusive nós estamos revisando inflação para 3,3% em 2018, com viés de baixa quando se analisa todos os componentes: alimentação que ajudou muito inflação para baixo ano passado vai continuar tranquila, preços administrados vão continuar tranquilos e a inércia que era um fator que atrapalhava, mantendo inflação alta, a inércia vai começar a jogar a inflação um pouco para baixo.

Nâo é muito importante se o Banco Central vai cair mais 0,25 pp ou não. Pode ser que caia, mas acho que eles vão olhar um pouco dessa turbulência e toda essa preocupação com eleição vai pesar mais que a inflação muito baixa. O mais importante, quando você olha para frente, é que o cenário de alta de juros está cada vez mais longe e, tendo uma eleição tranquila e o governo mantendo as reformas, estaremos num cenário que talvez não precise subir os juros. Talvez o juro neutro convirja para o juro atual e estaremos discutindo talvez não retomar o ciclo de que queda lá na frente. Esse será um componente principal da discussão daqui para frente.

Quais as exposições importantes dos fundos? Em 2019 temos que estar mais preocupados com a equipe econômica do que quem será o presidente da República?

Começando pela última pergunta, é um pouco dos dois. É muito importante a equipe econômica para tirar o risco de cauda, de darmos um passo para trás novamente, mas é muito importante termos um presidente que terá a capacidade de unir o Congresso a favor das reformas. Tendo que escolher um dos dois, prefiro a equipe econômica. Mantendo o status quo atual, é o mais importante, até porque teremos um Congresso mais reformista do que o atual. Isso vai facilitar as conversas, ter um presidente que seja bom de diálogo, mas acho que a equipe econômica é mais improtante.

Falando das posições, além de Bolsa, que é a principal, e a NTN-B longa em segunda posição, temos usado outros mercados, como posições mais táticas. Olhando para o curto prazo, dólar e real, achamos que R$ 3,25/R$3,30 é a média de venda e R$ 3,10/R$ 3,15 para zerar essa venda

No mercado de commodities seguimos não muito forte, mas não temos nenhuma posição no momento. Seguimos commodity para ter uma base. A segunda maior posição que temos dentro de Bolsa é a Petrobras, que tem o petróleo por trás. Tem todo o management da empresa e é um player de eleição também. Se tivermos uma eleição traquila, Petrobras pode voltar para as máximas dela, em torno de R$ 40, olhando para o horizonte do ano que vem.

Mas temos usado outros mercados, temos tomado juros americano como uma proteção que funcionou muito bem no início do ano e temos olhado muito o dólar no mundo. Achamos que o dólar forte virou, tivemos 5 anos de dólar forte e podemos entrar em tendência de dolar fraco daqui para frente. Tivemos tendência forte de dólar fraco desde o fim do ano até o patamar atual, então podemos ter correção até o fim do ano. A ideia é montar posições para tentar pegar a realização desse movimento de dólar forte, até para ficar mais tranquilo em Bolsa.

O cenário de médio prazo vai até ajudar o Brasil e, ao olhar o fim do ano e ano que vem, a tendência pode ser fraca. Podemos discutir um dólar depois das eleições por volta de R$ 3, o que vai ajudar mais a inflação e o cenário para juros, e vamos entrar numa trajetória de Brasil muito positiva.

Confira a entrevista completa, com avaliação do cenário doméstico e internacional, as perspectivas para o Brasil e o desempenho dos investimentos após as eleições e as estratégias de investimentos dos fundos da Modal para enfrentar os desafios à frente com boa rentabilidade no vídeo acima. 

Confira o vídeo completo com a entrevista:

Papo com Gestor é um programa de entrevistas semanais apresentado por Thiago Salomão, editor-chefe do InfoMoney. O programa é fruto de uma parceria com a XP Investimentos e trará toda semana uma entrevista com gestores que estão se destacando dentro da lista de fundos da plataforma digital da XP.