Fundos de hedge avançam no Brasil com maior apetite por risco

Os fundos multimercados, que atuam de forma similar aos fundos de hedge globais, registraram entrada líquida de R$ 97 bilhões em 2017

Bloomberg

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SÃO PAULO – O ano passado foi o melhor ano da história para os fundos de hedge no Brasil. A queda dos juros e a confiança dos investidores sugerem que a tendência vai continuar.

Os fundos multimercados, que atuam de forma similar aos fundos de hedge globais, registraram entrada líquida de R$ 97 bilhões no ano passado – quase cinco vezes o total de 2016 e mais do que o captado por qualquer outro tipo de fundo, de acordo com a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais). As entradas em toda a indústria de fundos mais que dobraram e atingiram recorde de R$ 263,8 bilhões, na esteira da busca por rendimentos maiores.

“Os investidores estão mais confiantes nas perspectivas para a economia brasileira e têm mais apetite para ir além das aplicações em renda fixa”, disse Antonio Quintella, presidente da Canvas Capital, gestora brasileira de investimentos alternativos com participação do Credit Suisse Group. Neste ano, os gestores de fundos poderão aproveitar a maior volatilidade provocada pelas eleições, acrescentou Quintella.

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Segundo dados compilados pela Bloomberg, os três maiores fundos de hedge do Brasil em 24 de janeiro eram Safra Galileo Master FIM (com R$ 15,1 bilhões sob gestão), Verde Master FI Multimercado (R$ 13,6 bilhões) e Adam Macro Master FI Multimercado (R$ 12 bilhões).

Até o dia 26 de janeiro, os fundos de hedge já haviam registrado entradas líquidas de R$ 5,69 bilhões, de acordo com a Anbima. Do total de ativos sob gestão em todo o país, que chega a R$ 4,24 trilhões, 21% estão alocados em fundos de hedge. Essa parcela só é menor do que a fatia dos fundos de renda fixa, de 46%.

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“Estamos vendo nascer muitas novas firmas de gestão de recursos no Brasil com soluções criativas e isso é positivo para o setor”, disse Quintella.

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