Onde investir seu dinheiro com condenação de Lula em segunda instância

Cenário após votação fica mais claro para investidores, dizem especialistas

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Nesta quarta-feira (24), o ex-presidente Lula foi condenado em segunda instância pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato. A decisão ainda é passível de recurso, mas, por ora, o petista fica impedido de participar do pleito para a presidência do país em 2018.

Para a assessora de investimentos Carollyne Mariano, Sócia da Atlas Invest, a decisão sinaliza um provável cenário eleitoral sem um candidato forte do PT e, consequentemente, com alta da bolsa de valores e baixa do dólar. Tendo isso em vista, ela considera o momento excelente para pensar em dois tipos de investimentos: ações e fundos multimercado.

“Com o Lula fora do baralho, a gente tem uma segurança a mais tanto para o estrangeiro quanto para o investidor local que estava com medo do resultado”, diz Carollyne. Embora ainda haja um longo caminho até o fim das eleições e, segundo a analista, a necessidade de aprovar a Reforma da Previdência, este primeiro passo em direção aos interesses do mercado criará uma movimentação positiva na bolsa.

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Dentre os fundos de investimentos disponíveis no mercado atualmente, a especialista destaca o fundo de ações Alaska Black, que é destinado para investidores qualificados -lembrando que esse fundo tem uma volatilidade grande -, o Leblon Ações, também para o perfil qualificado e, para atender o público geral, o fundo XP Investor 30 FIA.

Daniel Guedine Serafini, sócio-fundador da Performance Invest, também aposta em risco para o investidor com estômago. “O mercado se baseia sempre na relação de risco e retorno. Uma vez que você elimina uma variável de risco, isso te convida a buscar investimentos mais agressivos”, detalha o especialista.

Desta forma, ele também indica uma posição em fundos com maior volatilidade, que “definitivamente vão se beneficiar e muito provavelmente vão continuar performando bem ao longo do ano, em um cenário de economia melhor, crescimento do PIB, juros baixos e inflação baixa”, explica Serafini.

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Para quem busca diversificação e, principalmente, proteção, o especialista indica COEs (Certificados de Operações Estruturadas) atrelados a índices no exterior. Isso porque o COE costuma ter tanto ganhos como perdas limitados – então o investidor não corre o risco de perder seu dinheiro. Isso é importante porque um ano de eleição, logicamente, tem volatilidade: não é possível prever com precisão o que irá ocorrer, e nem as movimentações do mercado. 

Títulos de inflação também são boas opções, principalmente para o investidor mais conservador ou aquele que não tem recurso para investir em fundos no momento. Neste caso, Daniel aposta principalmente no Tesouro IPCA + 2024, cujo vencimento fica no centro da curva de juros. Isso porque a rentabilidade dos títulos com vencimento muito próximo não está boa, e outras opções, como o IPCA +2035 e o IPCA + 2045 perdem em atratividade quando a inflação “inevitavelmente” subir.

Para seguir essas indicações de investimentos, abra uma conta na XP.

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Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney