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SÃO PAULO – Os sócios do Pátria Investimentos se mostraram otimistas com os negócios nos próximos anos no Brasil e relataram ter passado “bem” os períodos de turbulência vividos pelo Brasil. “Estamos vivendo um momento de compras no país”, avisa Olímpio Matarazzo, sócio do comitê executivo e co-fundador do Pátria, durante almoço com jornalistas nesta quarta-feira (29).
A ponderação nesse otimismo, no entanto, surge quando o assunto é eleição. Embora a equipe à frente do Pátria acredite que os possíveis candidatos à presidência não devem fugir de uma agenda reformista – levando em consideração a necessidade de atrair capital para o país, manter a inflação baixa e trazer o desempenho fiscal para parâmetros melhores – a possibilidade de um segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) podem afastar investidores.
“O otimismo desce um degrau com um segundo turno entre Lula e Bolsonaro”, avalia Matarazzo. Pesquisa Datafolha divulgada em 30 de setembro pelo jornal Folha de S. Paulo mostrou que Lula segue na liderança em todos os cenários, com diversos possíveis candidatos, e com pelo menos 35% das intenções de voto no primeiro turno.
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A pesquisa ainda mostra o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e a ex-senadora Marina Silva (Rede) empatados em segundo lugar, levando em conta a margem de erro. Ele oscila entre 16% e 17%, enquanto a ex-senadora aparece com 13% e 14% nos cenários em que disputa com o petista.
Diante da possibilidade um embate entre Lula e Bolsonaro, Otávio Castelo Branco, também sócio do comitê executivo e co-fundador do Pátria, pondera que o mercado acionário e o dólar tendem a sofrer mais na corrida eleitoral, mas investimentos com foco em empreendimentos tendem a se sair melhor nessas situações.
“Temos que olhar no longo prazo, no período de três presidentes para frente. O investidor que quer estar no Brasil tem que tomar uma decisão de longo prazo”, explica Castelo Branco.