Mercado de fundos imobiliários atinge máxima histórica; entenda o que está por trás de forte alta

Para professor do InfoMoney Educação, fundos com mais proteção contra turbulências são os que mais sobem

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – O IFIX, principal índice do mercado de fundos imobiliários no Brasil, atingiu seu maior valor nominal desde 2010, superando a barreira dos 1.800 pontos, com um volume financeiro médio dário anual até o dia 27 de setembro de R$ 21,76 milhões, de acordo com a consultoria Economática, segunda maior cifra desde 2010.

Ainda de acordo com a consultoria, o índice marca uma valorização nominal desde 2010 de 80,10%, enquanto que descontado o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 21,51%. O InfoMoney conversou com o professor do InfoMoney Educação Arthur Vieira de Moraes para entender o que explica o bom resultado do índice.

O especialista explica que muitos dos fundos que puxam essa alta do índice como um todo são fundos de recebíveis, ou seja, que investem em papéis que estão lastreados no mercado imobiliário, como os CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e as LCI (Letras de Crédito Imobiliário). Entre os fundos que se encaixam nessa categoria e estão em suas máximas históricas, aparece o Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11) e o JS Real Estate Multigestão (JSRE11).

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“Esses fundos não estão expostos aos riscos do mercado imobiliário diretamente, o que significa que não sofrem tanto com vacância ou problemas com aluguel”, assinala Arthur. O professor explica ainda que outro tipo de fundo que tem marcado alta mais forte são os fundos que contam com contratos de locação atípicos, ou seja, que não têm revisão de preços ao longo de sua validade. “Esse tipo de fundo acaba sendo mais protegido em momentos de turbulência”, aponta.

Arthur ainda destaca que a expectativa de melhora no cenário doméstico e de corte na taxa de juros ainda neste ano também puxa o mercado de fundos imobiliários para cima. “O mercado de fundos imobiliários, apesar de ser de renda variável, se confunde bastante com o de renda fixa e, com isso, acaba sendo muito influenciado por esse cenário”, relata o professor.

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