A melhor carteira de investimentos para quem tem R$ 10 mil, R$ 100 mil e R$ 1 milhão

Dá para gerar uma excelente renda com investimentos em renda fixa

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – Ter um dinheiro sobrando na conta para investir é uma situação que muitas pessoas se encontram ou desejam se encontrar. No entanto, como investir esse dinheiro de modo a manter a segurança, mas ter uma rentabilidade mais interessante do que a oferecida pela poupança? Pensando nesses investidores, o InfoMoney conversou com o CFP, planejador financeiro certificado pelo IBCPF, André Pantoja Albo, que elaborou carteiras de investimento para um investidor conservador que tenha ou R$ 10 mil, ou R$ 100 mil ou R$ 1 milhão disponíveis para investir.

R$ 10 mil
Em primeiro lugar, o especialista destaca que uma carteira conservadora deve ter como retorno alvo algo em torno de 105% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) e baixa volatilidade. Para quem tem R$ 10 mil para investir, não existe muita flexibilidade para diversificação e, assim, a sugestão do planejador financeiro é alocar 100% em títulos de renda fixa pós-fixados.

Albo indica o Tesouro Selic, título do Tesouro Direto, programa de compra e venda de títulos do governo federal, para essa aplicação. O título tem seu desempenho atrelado à Selic e, por isso, tem uma volatilidade baixíssima, o que permite que o investidor saia antes de seu vencimento e, mesmo assim, não corra riscos. Além disso, com o patamar atual de juros, a 13,75%, essa aplicação acaba se mostrando uma opção bem rentável. Adicionalmente, o Tesouro Direto é garantido pelo governo federal, que, em tese, é o credor mais seguro que existe.

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R$ 100 mil
Para quem tem R$ 100 mil sobrando para aplicar, Albo afirma que já é possível fazer uma diversificação maior. 20% do total deve ficar em um CDB (Certificado de Depósito Bancário) com liquidez diária. Dessa forma, o investidor tem como sacar seu dinheiro em momentos de emergência. Além disso, os CDB contam com proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para aplicações de até R$ 250 mil. Outros 20% do total devem ficar também em um CDB, mas com carência de um ou dois anos, para assim conseguir uma taxa de remuneração maior.

40% da carteira vai para dois fundos de renda fixa. A ideia dos fundos é garantir mais diversificação ao investidor e fazer com que ele possa ter mais segurança. O planejador financeiro ainda indica que esses fundos tenham a menor taxa de administração possível e o investidor entenda naquilo que o fundo que ele escolheu aplica.

Por fim, os 20% restantes devem ser investidos em um fundo multimercado. A ideia é que esse fundo traga um retorno mais interessante para o investidor e também um pouco mais de risco à carteira. Mas, ainda assim, o fundo deve ser conservador, de acordo com Albo. “Também é importante observar bem o histórico do fundo e ver se o retorno dele está adequado com os objetivos da carteira”, afirma o especialista.

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R$ 1 milhão
Para quem tem R$ 1 milhão para investir, a alocação da carteira é semelhante à de R$ 100 mil. Nesse caso, como os valores são maiores, Albo pede uma pesquisa mais aprofundada para encontrar taxas mais baixas e rentabilidades mais altas. Além disso, é possível investir em uma quantidade maior de produtos. Por exemplo, ao invés de deixar 20% da carteira em apenas um CDB com carência maior, é possível diversificar para três ou quatro títulos bancários apenas nessa parcela do portfólio.

Adicionalmente, o planejador financeiro aconselha que, no máximo uma vez por semestre, o investidor reveja seus investimentos levando em consideração mudanças no cenário macroeconômico e perspectivas de médio prazo. “Não dá para ter uma postura reativa, é importante ser proativo”, relata Albo.